São Paulo, terça-feira, 02 de janeiro de 2007

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FHC entra sob aplausos e apóia fala de Serra

DA REPORTAGEM LOCAL

A cerimônia de transmissão de cargo a José Serra já havia começado e os cerca de 2.000 convidados ainda se comprimiam em busca de um lugar quando o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e a mulher dele, Ruth, atravessaram a porta principal e cruzaram todo o corredor central sob aplausos e gritos.
A presença de Fernando Henrique, que pela manhã acompanhara a posse de Teotônio Vilela (PSDB), em Alagoas, já era esperada. Porém, os organizadores não esperavam que a chegada dele interrompesse a cerimônia, ainda que por segundos.
A entrada de Fernando Henrique jogou luz sobre o ex-governador do Estado Geraldo Alckmin (PSDB), candidato derrotado à Presidência da República, que estava quase incógnito na platéia. Alckmin e o ex-presidente ficaram em pé para agradecer os aplausos. Horas antes, no ato de posse de Serra, na Assembléia, a ausência de Alckmin fora sentida.

Descalabro
Para FHC, Serra expressou "a ideologia do PSDB, que é contra a economia estagnada".
O ex-presidente aproveitou a posse de Serra para criticar as investigações do Congresso e da Polícia Federal sobre o escândalo do dossiê.
"O que nós assistimos foi um descalabro", disse FHC. Segundo ele, "falta punição" aos personagens dos recentes casos de corrupção. "Tem sempre um poderoso envolvido e não acontece nada. A lei aqui parece que só existe para os pobres."
No dia 15 de setembro, em meio à campanha eleitoral do ano passado, dois petistas foram presos em São Paulo com R$ 1,7 milhão. Até agora as investigações da PF não chegaram até a origem do dinheiro. A CPI dos Sanguessugas também não.
Alckmin não quis dar entrevistas ontem. "Hoje a festa é do Serra.


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