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FHC entra sob aplausos e apóia fala de Serra
DA REPORTAGEM LOCAL
A cerimônia de transmissão de cargo a José
Serra já havia começado e
os cerca de 2.000 convidados ainda se comprimiam
em busca de um lugar
quando o ex-presidente
Fernando Henrique Cardoso e a mulher dele,
Ruth, atravessaram a porta principal e cruzaram todo o corredor central sob
aplausos e gritos.
A presença de Fernando
Henrique, que pela manhã
acompanhara a posse de
Teotônio Vilela (PSDB),
em Alagoas, já era esperada. Porém, os organizadores não esperavam que a
chegada dele interrompesse a cerimônia, ainda
que por segundos.
A entrada de Fernando
Henrique jogou luz sobre
o ex-governador do Estado Geraldo Alckmin
(PSDB), candidato derrotado à Presidência da República, que estava quase
incógnito na platéia. Alckmin e o ex-presidente ficaram em pé para agradecer
os aplausos. Horas antes,
no ato de posse de Serra,
na Assembléia, a ausência
de Alckmin fora sentida.
Descalabro
Para FHC, Serra expressou "a ideologia do PSDB,
que é contra a economia
estagnada".
O ex-presidente aproveitou a posse de Serra para criticar as investigações
do Congresso e da Polícia
Federal sobre o escândalo
do dossiê.
"O que nós assistimos
foi um descalabro", disse
FHC. Segundo ele, "falta
punição" aos personagens
dos recentes casos de corrupção. "Tem sempre um
poderoso envolvido e não
acontece nada. A lei aqui
parece que só existe para
os pobres."
No dia 15 de setembro,
em meio à campanha eleitoral do ano passado, dois
petistas foram presos em
São Paulo com R$ 1,7 milhão. Até agora as investigações da PF não chegaram até a origem do dinheiro. A CPI dos Sanguessugas também não.
Alckmin não quis dar
entrevistas ontem. "Hoje a
festa é do Serra.
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