JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
DA REPORTAGEM LOCAL

O ex-governador Cláudio Lembo (PFL) disse ontem, logo após transmitir o cargo a José Serra (PSDB), que a segurança pública deve ser a prioridade máxima de seu sucessor e garantiu que as finanças de São Paulo estão equilibradas, ao comentar os dois setores que considerou mais frágeis quando assumiu. Também defendeu uma revisão no percentual de 30% das receitas que devem ser aplicado na educação, valor que considera elevado.
Dizendo-se "aliviado" por deixar o governo, Lembo falou por cerca de 20 minutos já nas escadarias de saída do Palácio dos Bandeirantes.
"Tive grandes problemas com a segurança, grandes problemas com a área financeira. A área financeira está totalmente resolvida", disse Lembo, deixando claro que não conseguiu fazer o que esperava para combater a violência.
Afirmou, ainda, que maio de 2006, mês do maior ataque realizado pelo PCC no Estado, foi seu pior momento à frente do governo de São Paulo.
Cláudio Lembo conclamou os governadores empossados ontem a cobrar do presidente reeleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) uma reunião com todos os Estados para tratar das sucessivas crises na segurança pública no país.
Quando indagado sobre que tipo de balanço espera que a população faça de seu governo, voltou a tratar da violência em São Paulo.
"Acho que [meu desempenho] foi o possível, bom, eu não sei. No fim, a sociedade compreendeu que eu peguei uma coisa horrível, que foi o problema da segurança pública", afirmou o ex-governador.


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