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São Paulo, domingo, 02 de fevereiro de 2003

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Cresce bancada de evangélicos

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai encontrar um Congresso bem diferente daquele que deixou em 1991. O número de deputados-empresários caiu de 201 para 104. No mesmo período, cresceu a presença de profissionais liberais, professores e servidores públicos.
Embora ainda pequenas, as bancadas de agricultores e metalúrgicos já têm assento no Congresso, cada uma com sete deputados. Uma novidade é a bancada de pastores evangélicos, que cresceu de um para 18 integrantes em 12 anos. O levantamento é feito há quatro legislaturas pelo Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar).
As bancadas informais, que se formam no Congresso para defender interesses específicos de grupos ou setores, tiveram alteração expressiva nos últimos anos. A bancada ruralista, uma das mais eficientes, sofreu redução de 30% nos últimos quatro anos.
A bancada da bola, constituída para enfrentar as CPIs da CBF e do Futebol, sofreu expressiva derrota nas últimas eleições. O presidente do Vasco, Eurico Miranda (PPB-RJ), não conseguiu um novo mandato de deputado. O deputado Zezé Perrela (PFL-MG), presidente do Cruzeiro, também fracassou na disputa pelo Senado.
A bancada da reforma tributária, uma das bandeiras de Lula, foi praticamente dizimada. Perderam a eleição os deputados Benito Gama (PMDB-BA), Marcos Cintra (PFL-SP), Fetter Júnior (PPB-RS) e Emerson Kapaz (PPS-SP). O deputado Antônio Kandir (PSDB-SP) não disputou a reeleição. O ex-presidente da comissão da reforma tributária Germano Rigotto (PMDB-RS) foi eleito governador.
A bancada evangélica contará com cerca de 50 integrantes, incluindo 18 pastores e bispos eleitos. Comandada pelo Bispo Rodrigues (PL-RJ), da Igreja Universal do Reino de Deus, terá ainda o reforço do senador Marcelo Crivela (PL-RJ).
A bancada sindicalista cresceu de 44 para 60 parlamentares nesta legislatura. Perdeu Jair Meneguelli (PT-SP) e Jaques Wagner (PT-BA), mas manteve Luís Antônio Medeiros (PL-SP). Será reforçada por Vicentinho (PT-SP), ex-presidente da CUT, e Cláudio Magrão (PPS), da Força Sindical. (LV)


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