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Cresce bancada de evangélicos
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente Luiz Inácio Lula
da Silva vai encontrar um Congresso bem diferente daquele que
deixou em 1991. O número de deputados-empresários caiu de 201
para 104. No mesmo período,
cresceu a presença de profissionais liberais, professores e servidores públicos.
Embora ainda pequenas, as
bancadas de agricultores e metalúrgicos já têm assento no Congresso, cada uma com sete deputados. Uma novidade é a bancada
de pastores evangélicos, que cresceu de um para 18 integrantes em
12 anos. O levantamento é feito há
quatro legislaturas pelo Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar).
As bancadas informais, que se
formam no Congresso para defender interesses específicos de
grupos ou setores, tiveram alteração expressiva nos últimos anos.
A bancada ruralista, uma das
mais eficientes, sofreu redução de
30% nos últimos quatro anos.
A bancada da bola, constituída
para enfrentar as CPIs da CBF e
do Futebol, sofreu expressiva derrota nas últimas eleições. O presidente do Vasco, Eurico Miranda
(PPB-RJ), não conseguiu um novo mandato de deputado. O deputado Zezé Perrela (PFL-MG),
presidente do Cruzeiro, também
fracassou na disputa pelo Senado.
A bancada da reforma tributária, uma das bandeiras de Lula, foi
praticamente dizimada. Perderam a eleição os deputados Benito
Gama (PMDB-BA), Marcos Cintra (PFL-SP), Fetter Júnior (PPB-RS) e Emerson Kapaz (PPS-SP).
O deputado Antônio Kandir
(PSDB-SP) não disputou a reeleição. O ex-presidente da comissão
da reforma tributária Germano
Rigotto (PMDB-RS) foi eleito governador.
A bancada evangélica contará
com cerca de 50 integrantes, incluindo 18 pastores e bispos eleitos. Comandada pelo Bispo Rodrigues (PL-RJ), da Igreja Universal do Reino de Deus, terá ainda o
reforço do senador Marcelo Crivela (PL-RJ).
A bancada sindicalista cresceu
de 44 para 60 parlamentares nesta
legislatura. Perdeu Jair Meneguelli (PT-SP) e Jaques Wagner (PT-BA), mas manteve Luís Antônio
Medeiros (PL-SP). Será reforçada
por Vicentinho (PT-SP), ex-presidente da CUT, e Cláudio Magrão
(PPS), da Força Sindical.
(LV)
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