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INVESTIGAÇÃO
Retirada foi no dia 9
Silveirinha fez saque de R$ 220 mil no Rio
MURILO FIUZA DE MELO
DA SUCURSAL DO RIO
Suspeito de comandar o grupo
de fiscais de renda do Rio e auditores fiscais que teriam enviado
ilegalmente US$ 36 milhões a
contas na Suíça, o ex-subsecretário de Administração Tributária
Rodrigo Silveirinha Corrêa sacou
R$ 220 mil de uma de suas contas
um dia antes do suposto esquema
de corrupção vir a público.
O dinheiro estava aplicado num
fundo de renda fixa, do Unibanco, segundo extrato obtido pelo
deputado estadual Carlos Minc
(PT). De acordo com Minc, o extrato faz parte da documentação
entre pelo advogado de Silveirinha, Clóvis Sahione, ao delegado
Alessandro Thiers, da Draco (Delegacia de Repressão a Ações Criminosas e Inquéritos Especiais).
No dia 9 de janeiro, Silveirinha
resgatou da aplicação R$
241.624,52 e sacou R$ 220 mil. Ele
manteve na conta R$ 22.776,71.
Segundo o Minc, o documento
reforça o pedido de prisão preventiva dos suspeitos que CPI deverá fazer assim que for instalada:
"Esse saque significa que ele [Silveirinha] tem bala na agulha e
motivos suficientes para fugir do
país. Resta saber se nós vamos
deixar isso acontecer debaixo de
nossas barbas, como foi com o PC
Farias e o [Salvatore] Cacciola".
O deputado disse que há um
acordo entre os integrantes da comissão para pedir a prisão preventiva dos envolvidos. O acordo
foi confirmado pelo futuro presidente da CPI, Paulo Melo
(PMDB). "O fato concreto é que
ele [Silveirinha" é uma pessoa potencialmente perigosa no aliciamento de testemunhas. Vamos
pedir a prisão preventiva baseado
no amplo direito de liberdade das
investigações." O advogado de
Silveirinha não foi encontrado em
sua casa, ontem à tarde, para comentar a divulgação do extrato.
A comissão que irá apurar o esquema de corrupção supostamente comandado por Silveirinha será aprovada amanhã, mas
só começa a trabalhar na quarta.
Ontem à tarde, os novos deputados estaduais tomaram posse.
Seis deputados ligados à Igreja
Universal usaram uma tarja preta
no braço em luto pela morte do
deputado Valdeci Paiva (PSL), assassinado na última sexta-feira.
O suplente Marcos Abraão
(PSL), tomou posse e disse ser a
favor da instalação de uma CPI
sobre o caso: "Estou triste por um
lado e feliz por outro. Lamento
muito o que houve, mas é uma
coisa que a gente não pode fazer
nada", disse. Os novos deputados
assumem o mandato com o desafio de apurar um escândalo que
pode atingir Anthony Garotinho.
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