|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Lula contesta crítica de tucanos e acusa oposição de "leviandade"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Após os principais líderes tucanos atacarem o governo, ontem
foi a vez de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva rebater, dizendo
que predomina a "leviandade" e o
"jogo fácil de palavras". Lula lembrou do presidente Juscelino Kubitschek (1902-1976) para dizer
que alguns podem passar para a
história "por aquilo que mal-intencionados falarem".
"Não passaremos para a história apenas por aquilo que fizemos
ou pelo que não fizemos. Muitas
vezes, e a história já provou isso,
passaremos por aquilo que alguns
mal-intencionados falarem que
fizemos", disse, ao discursar na
inauguração da nova sede do TST
(Tribunal Superior do Trabalho).
Depois de dizer que o ex-presidente JK levou 50 anos para ser
reconhecido e só agora tem "um
capítulo" para contar sua história,
Lula completou: "Isso porque
muitas vezes predomina a leviandade em vez da verdade. Porque
muitas vezes predomina o jogo
fácil das palavras do que a verdade, que sempre é mais difícil".
Nesta semana, depois de o ex-presidente Fernando Henrique
Cardoso (1995-2002) dizer que
Lula será cobrado e terá de se explicar durante a disputa eleitoral,
o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, pré-candidato tucano à Presidência, endossou a tese
de que a crise política será uma
bandeira contra o PT. Já o prefeito
de São Paulo, José Serra, chegou a
acrescentar que Lula terá de se explicar porque prometeu "o governo mais honesto da história".
Novo símbolo
A crise que assolou o partido do
presidente motivou, além de críticas, a criação de um novo símbolo
para a sigla: para comemorar seus
26 anos, o PT encomendou do
cartunista Ziraldo uma nova logomarca. O novo símbolo faz referência ao aniversário, às eleições
de 2006 e à crise. Rodeadas por 26
estrelas vermelhas, dispostas em
um caracol ascendente, estão as
inscrições "PT - 26 anos" e
"2006". Embaixo das estrelas, está
escrito "A volta por cima".
Colaborou a Redação
Texto Anterior: Serra critica política assistencialista e "exaltação da ignorância" no país Próximo Texto: "Mensalão"/O marqueteiro: Agência dos EUA diz a CPI que facilitará acesso a dados Índice
|