|
Texto Anterior | Índice
Sub de Dilma vai assumir Casa Civil sem controlar PAC
Erenice Guerra herdará a pasta em 31 de março, quando ministra inicia campanha
Função de gerir a vitrine eleitoral será de subchefe de articulação do ministério; Tarso ainda não tem data de saída e substituto definidos
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A ministra Dilma Rousseff
deixará a Casa Civil no final de
março para se dedicar à campanha eleitoral e a secretária-executiva do ministério, Erenice
Guerra, assumirá seu lugar . A
promoção de Erenice é uma decisão pessoal de Dilma.
Erenice, porém, não coordenará o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), vitrine eleitoral de Dilma na campanha. A tarefa ficará a cargo de
Miriam Belchior, que atua na
Casa Civil como subchefe de articulação e monitoramento e já
auxilia Dilma no PAC.
Na semana passada, Erenice
também foi escolhida como representante da Casa Civil para
presidir o grupo de trabalho
responsável por detalhar a proposta de criação da comissão da
verdade prevista no Programa
Nacional de Direitos Humanos.
Os casos polêmicos que envolveram Dilma no governo
Lula tiveram a participação da
secretária-executiva. Foi ela
quem mandou fazer um dossiê
com gastos da gestão Fernando
Henrique Cardoso e da então
primeira-dama, Ruth Cardoso.
Erenice também foi citada no
caso em que a ex-secretária da
Receita Lina Vieira falou sobre
um encontro que teve com Dilma (até hoje negado pela ministra) para supostamente tratar de investigação sobre a família do presidente do Senado,
José Sarney (PMDB-AP). Uma
servidora do fisco confirmou
que Erenice agendou o encontro pessoalmente na Receita.
No ano passado, Erenice chegou a ser cogitada para assumir
uma vaga no TCU (Tribunal de
Contas da União), mas houve
receio por parte do governo de
que o nome dela não fosse
aprovado pelos senadores.
Com isso, o presidente Lula escolheu o ex-ministro de Relações Institucionais José Múcio.
Já a saída de Tarso Genro
(Justiça) para concorrer ao governo do RS ainda não tem data, mas ontem Lula disse a interlocutores que não impedirá
que ele saia antes do prazo limite de 3 de abril. Tarso já manifestou vontade de deixar o ministério antes. Ainda não foi definido quem assumirá o cargo.
Texto Anterior: Igreja: STF nega pedido para sustar ação contra bispo Edir Macedo Índice
|