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São Paulo, domingo, 02 de março de 2003

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Mudança na lei ainda divide os advogados

DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Rubens Approbato Machado, defende a criação de instrumentos jurídicos para coibir eventual tráfico de influência em tribunais onde atuem, como advogados, filhos de ministros. Mas diz que essas medidas não precisam vir necessariamente do PL-3.881, que tramita no Senado. Ele modifica o estatuto da OAB, fazendo com que parentes de até terceiro grau fiquem impedidos de atuar nos tribunais.
"Se estiver proliferando isso [tráfico de influência], e pelo visto parece que está, então é a hora de a gente dar um basta por meio de uma medida legislativa", disse.
O tema está parado na pauta do conselho da OAB desde 2000. Approbato negou que a OAB tenha feito qualquer tipo de pressão contra a aprovação do projeto no Congresso. "Não tem lobby nenhum. Eu não faço lobby. O Congresso tem liberdade de tomar a atitude que ele entenda que deva tomar", disse Machado.
Para Wilson Santos (PSDB-MT), autor do projeto, a OAB trabalhou contra o texto no Senado. "As bancas mais caras e de maior êxito em todos os Estados são de filhos, parentes ou mulheres de ministros e desembargadores", disse o deputado. (RV e JD)


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