São Paulo, quarta-feira, 02 de março de 2005

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SERVIÇO DE INTELIGÊNCIA

Governo enviará grupo de analistas da Abin para intercâmbio em Cuba
O governo brasileiro mandará a Cuba analistas da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) para fazer intercâmbio de experiências na área de inteligência. A decisão não foi bem recebida por parlamentares, até mesmo de esquerda, que pedirão explicações do diretor-geral da Abin, Mauro Marcelo de Lima e Silva.
Na segunda quinzena deste mês, um grupo de analistas brasileiros desembarcará na ilha com o objetivo de formatar acordo que abrangerá, segundo o governo, áreas como combate ao terrorismo e ao tráfico de drogas, armas e pessoas.
A ida dos técnicos é reflexo de uma visita de sete dias a Havana, realizada pelo diretor da agência, no final de fevereiro. A inteligência brasileira não conversava com Cuba havia 50 anos.
Militante de grupos de esquerda na ditadura militar (1964-1985), o deputado federal Fernando Gabeira (PV-RJ), autor do pedido de convocação do diretor da Abin, disse ser "incompatível" a troca de experiência entre Brasil e Cuba no setor de inteligência. "A agência cubana faz coisas do arco-da-velha. Não há aprendizado com eles", disse.
Líder da minoria na Câmara, José Carlos Aleluia (PFL-BA) declarou que irá convocar a comissão do Congresso de acompanhamento de ações de inteligência "para acompanhar as atividades do diretor da Abin".
"O serviço secreto de Cuba é especializado em atividades anti-democráticas. É como estudar direitos humanos na China", disse o deputado, em referência à viagem que Nilmário Miranda (Direitos Humanos) faria ao país. (DA SUCURSAL DE BRASÍLIA)


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