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Palocci minimiza crítica ao aperto no Orçamento
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda) foi conciliador ao
comentar as críticas de seu colega
Miguel Rossetto (Desenvolvimento Agrário) ao corte de verbas
orçamentárias promovido na semana passada.
"Nós não vemos como crítica,
vemos como expectativa do setor
agrário de mais recursos e achamos legítima a expectativa", disse
Palocci. "Quando eles reivindicam verbas, vejo isso como uma
coisa sadia, uma coisa respeitável", completou.
O ministro não mencionou a
possibilidade de rever a redução
do orçamento da reforma agrária
deste ano. Na argumentação da
Fazenda, a avaliação dos recursos
do setor não pode levar em conta
apenas a verba orçamentária para
os assentamentos.
Para Palocci, programas de financiamento da agricultura familiar teriam tido crescimento superior a 100% na última safra.
Palocci disse que o Ministério
da Agricultura e o Banco do Brasil
são órgãos que estão diretamente
envolvidos na política agrária,
sustentando que o aumento dos
empréstimos a pequenos agricultores torna mais eficazes os assentamentos.
"Hoje, a estrutura agrária dos
pequenos agricultores, da agricultura familiar, está completamente
mudada. Não temos mais aquela
conta antiga em que se assentavam 50 mil pessoas e 100 mil pessoas deixavam o campo."
Em defesa dos cortes de verbas,
o ministro repetiu que é necessário conter a expansão do gasto
público para evitar a necessidade
de elevar a carga tributária. Seu
papel, disse, é equilibrar no Orçamento da União as pressões vindas de todos os setores por menos
impostos e por mais recursos.
"Não é um trabalho fácil, mas
vamos fazê-lo com toda a serenidade, com toda a vontade de atender àquilo que é essencial para o
Brasil."
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