São Paulo, quarta-feira, 02 de março de 2005

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Palocci minimiza crítica ao aperto no Orçamento

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda) foi conciliador ao comentar as críticas de seu colega Miguel Rossetto (Desenvolvimento Agrário) ao corte de verbas orçamentárias promovido na semana passada.
"Nós não vemos como crítica, vemos como expectativa do setor agrário de mais recursos e achamos legítima a expectativa", disse Palocci. "Quando eles reivindicam verbas, vejo isso como uma coisa sadia, uma coisa respeitável", completou.
O ministro não mencionou a possibilidade de rever a redução do orçamento da reforma agrária deste ano. Na argumentação da Fazenda, a avaliação dos recursos do setor não pode levar em conta apenas a verba orçamentária para os assentamentos.
Para Palocci, programas de financiamento da agricultura familiar teriam tido crescimento superior a 100% na última safra.
Palocci disse que o Ministério da Agricultura e o Banco do Brasil são órgãos que estão diretamente envolvidos na política agrária, sustentando que o aumento dos empréstimos a pequenos agricultores torna mais eficazes os assentamentos.
"Hoje, a estrutura agrária dos pequenos agricultores, da agricultura familiar, está completamente mudada. Não temos mais aquela conta antiga em que se assentavam 50 mil pessoas e 100 mil pessoas deixavam o campo."
Em defesa dos cortes de verbas, o ministro repetiu que é necessário conter a expansão do gasto público para evitar a necessidade de elevar a carga tributária. Seu papel, disse, é equilibrar no Orçamento da União as pressões vindas de todos os setores por menos impostos e por mais recursos.
"Não é um trabalho fácil, mas vamos fazê-lo com toda a serenidade, com toda a vontade de atender àquilo que é essencial para o Brasil."


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