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Entidade localiza 7 povos indígenas isolados no AM
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE
Sete povos indígenas ainda permanecem isolados sem contato
com a população não-índia no
Vale do Javari (AM), afirma o
coordenador-geral do Civaja
(Conselho Indígena do Vale do
Javari), Jorge Marubo. Ele disse
que os grupos foram avistados
durante um sobrevôo à área.
A lei federal nš 6.001, que dispõe
sobre o Estatuto do Índio, diz que
"são considerados índios isolados
os que vivem em grupos desconhecidos ou de que se possuem
poucos e vagos informes através
de contatos eventuais com elementos da comunhão nacional".
No Plano Distrito de Saúde, a
Funasa (Fundação Nacional de
Saúde) identificou seis principais
etnias que vivem na terra indígena. Para chegar à aldeia mais próxima deles são necessárias no mínimo cinco horas de barco a partir do município de Atalaia do
Norte (a 1.300 km de Manaus).
O difícil acesso não impediu,
entretanto, o confronto com madeireiros, seringueiros nem pescadores. Os matis, por exemplo,
enfrentaram os madeireiros.
"Por causa da pneumonia e de
doenças viróticas, 70% desse povo foi dizimado" no contato com
homens não-índios, informou a
Funasa no relatório.
Os matsés tiveram os primeiros
contatos com os soldados do
Exército Brasileiro. Ao menos
50% dos marubos foram escravizados e mortos por extrativistas.
Já os karamaris fugiram de seringueiros para o Vale do Javari,
mas acabaram se tornando vítimas do alcoolismo, segundo o
plano distrital da Funasa.
Já os kulinas e os korubos foram
vítimas de seringueiros e de madeireiros. No fim de 2003, o sertanista Sydney Possuelo, com o auxílio dos matis, contatou aproximadamente 22 korubos, mas a
maior parte desse povo ainda vive
isolada.
(HC)
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