São Paulo, segunda, 2 de março de 1998

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Oposição espera aumentar sua bancada

da Sucursal de Brasília

Outra pedra no sapato para Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) se reeleger presidente do Senado são as previsões que partidos de oposição fazem de aumento nas suas microbancadas.
Hoje, o bloco formado por PT, PDT, PSB e PPS tem 12 senadores. Esses partidos são massacrados em votações nas quais o governo tem interesse. Também não podem aspirar à presidência da Casa.
Apesar dessa situação desfavorável atual, a eleição de outubro pode melhorar o quadro para o bloco de oposição.
Dos 12 senadores, apenas três têm de renovar o mandato: Eduardo Suplicy (PT-SP), Abdias Nascimento (PDT-RJ) e Júnia Marise (PDT-MG). Desses três, só Nascimento não deve tentar a reeleição.
Em outros Estados, os oposicionistas esperam conquistar, pelo menos, mais três ou quatro cadeiras. Os Estados nos quais o bloco de oposição considera ter chances de vencer a disputa pelo Senado são Acre, Alagoas, Pará, Rio Grande do Sul e Sergipe.
Se se confirmarem essas previsões -manter as vagas atuais e ganhar mais três ou quatro cadeiras-, os oposicionistas voltarão para Brasília em 99 com uma bancada de 15 ou 16 senadores. Esse número supera a atual bancada do PSDB, que é de 14.

Compensação
A avaliação dos oposicionistas é que a eleição de outubro deve ser fortemente marcada pelo voto em Fernando Henrique Cardoso para presidente (PSDB).
Mas, segundo esse pensamento da oposição, os eleitores tendem a compensar o voto em FHC com outro em candidatos de oposição para a Câmara e para o Senado.
Isso aconteceu quando Eduardo Suplicy foi eleito em São Paulo, em 90. Os eleitores elegeram Luiz Antônio Fleury Filho (então no PMDB) para o governo de São Paulo. Mas deram a um petista a chance de representar o Estado no Senado. (FERNANDO RODRIGUES)


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