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São Paulo, quarta-feira, 02 de abril de 2003

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PAINEL

Coração de mãe
João Paulo (PT) e os membros da Mesa Diretora da Câmara decidiram criar ontem mais 14 cargos de confiança, aumentando para 179 o exército de assessores à disposição dos onze parlamentares que integram o comando político da Casa.

Mar de gente
Além dos 179 cargos de confiança, os integrantes da Mesa contam com mais 267 funcionários do corpo efetivo da Câmara. Dispõem ainda, cada um deles, de outros 18 assessores em seus gabinetes de deputados.

Evitar problemas
João Paulo decidiu manter também a mesma cota de cargos que as lideranças do PFL, do PSDB e do PMDB possuíam em 2002. Como as bancadas desses partidos foram reduzidas nas últimas eleições, teriam de perder um total de 63 assessores.

Humor palaciano
José Dirceu (Casa Civil) foi abordado na porta do Congresso por um garoto surdo-mudo, que lhe entregou um bilhete com um pedido de emprego. O ministro pegou sua caneta e respondeu: "Está difícil".

Segurança máxima
O apelido do presídio Irmão Guido, em Teresina, onde o governo Lula quer colocar Fernandinho Beira-Mar, é "sonrisal". Explicação: é só chover que o prédio começa a dissolver-se.

Sem amarras
Sibá Machado (PT-AC) vai pedir ao PT mais autonomia para atuar no Conselho de Ética do Senado. Fechar posição antecipada sobre tudo acabaria engessando a bancada na investigação sobre ACM e os grampos ilegais.

Amigo de fé
Pefelistas da Bahia se dizem eternamente gratos a Aloizio Mercadante, líder de Lula no Senado. O petista tem feito de tudo para impedir a convocação de Adriana Barreto, ex-namorada de ACM, que acusa o baiano de ser o mandante dos grampos.

A prática de sempre
O Planalto avisou ao PMDB que, se o partido votar a favor da PEC 192, levará a BR Distribuidora. O ex-deputado Marcos Lima assumiria o cargo. O recado foi dado por Silvio Pereira, secretário de Organização do PT.

Unidos pela força
Ao menos 28 deputados do PT já assinaram declaração conjunta para ser lida na Câmara hoje contra a PEC 192, que modifica artigo constitucional sobre o sistema financeiro. Muito mais do que previa o PT, que ameaça expulsar quem votar contra.

Jogada ensaiada
Apesar das críticas à PEC 192, Babá, Luciana Genro e Lindberg Farias, da esquerda do PT, já haviam combinado na semana passada votar favoravelmente à proposta. Com o aval da senadora Heloísa Helena.

Crise adiada
Os quatro petistas de esquerda avaliam que, se é para ter suas "cabeças cortadas" pela mão de ferro do partido de Lula, "que seja por algo mais nobre". Ou seja: pela oposição à proposta do governo de reforma da Previdência e de autonomia do BC.

Mistério na prefeitura
Auxiliares de Marta Suplicy (PT-SP) investigam o sumiço de um notebook no gabinete da prefeita de São Paulo.

Mudança de endereço
Vice de Aécio Neves em Minas, Clésio Andrade está trocando o PFL pelo PL. Deverá carregar quatro deputados federais e oito estaduais. Só falta o PL aceitar a sua exigência de assumir o comando do diretório da sigla no Estado, hoje presidido por um afilhado de José Alencar.

Sorte ou revés
Waldir Pires faz amanhã o primeiro sorteio das quatro cidades que terão suas contas auditadas pela Controladoria Geral.

Apito inicial
João Paulo (Câmara) instala na terça a primeira CPI da atual legislatura. Será sobre tráfico e adulteração de combustíveis.

TIROTEIO

De Arthur Virgílio (PSDB-AM), sobre esquerdistas do PT:
- Os radicais querem tirar o emprego dos parlamentares da oposição. Acho que é o caso de denunciá-los à Delegacia Regional do Trabalho.

CONTRAPONTO

Laços de família

O jantar que FHC organizou com a finalidade de arrecadar fundos para a criação do Instituto Fernando Henrique Cardoso reuniu em São Paulo políticos, banqueiros e empresários, na noite de segunda-feira.
Assim que Geraldo Alckmin e Tasso Jereissati deixaram o prédio Esplanada, futura sede do instituto, os repórteres se aproximaram dos tucanos.
Gritos, no entanto, interromperam a entrevista coletiva:
- Horácio! Horácio! Horácio!
Era Pedro Piva, ex-senador tucano, que procurava seu filho, Horácio Lafer Piva, presidente da Fiesp.
Ouvindo o chamado, Horácio parou o carro e desceu para acalmar seu pai:
- Estou aqui. O que foi?
- Meu filho, não vá embora sem se despedir de mim!
Enquanto os dois se abraçavam, Alckmin, Tasso e os jornalistas caíram na gargalhada.


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