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Rocha Mattos
é transferido
para Brasília
DA REPORTAGEM LOCAL
O juiz federal João Carlos da
Rocha Mattos foi transferido anteontem à noite da Custódia da
Polícia Federal em São Paulo para
a sede da PF em Brasília. Escoltado por agentes ele embarcou algemado às 22h05 num vôo da TAM.
A transferência foi determinada
pela desembargadora Therezinha
Cazerta, do Tribunal Regional Federal em São Paulo, responsável
pelo processo contra ele e mais oito réus da Operação Anaconda. A
operação investiga esquema de
venda de sentenças judiciais.
Desde dezembro, antes do recesso forense, as procuradoras de
Justiça que atuam no caso, Janice
Ascari e Ana Lúcia Amaral, pleiteiam que o juiz e dois outros envolvidos, o agente da PF César
Herman Rodrigues e o delegado
afastado da PF José Augusto Bellini não deveriam ficar presos no
mesmo local.
Para o Ministério Público Federal, a transferência ficaria a critério da Polícia Federal. Desde que
ficassem separados, o MPF acreditava que se evitaria que os mesmos se comunicassem entre si, articulando suas defesas e as reivindicações de "mordomias" no cárcere, conforme indicavam os relatórios recebidos.
Com o término do recesso forense, em fevereiro, o MPF reiterou o pedido à juíza do TRF. Mas
a decisão só ocorreu agora em
março, depois que a própria Superintendência Regional da Polícia Federal encaminhou pedido
ao tribunal, alegando que o juiz
vinha se mostrando irascível e
desrespeitando continuamente as
normas de disciplina do cárcere.
Rocha Mattos chegou ao aeroporto sem algemas, que só foram
postas no interior de uma sala da
PF. Antes do embarque, o juiz levantou os braços, mostrou as algemas e disse estar sendo vítima
de um seqüestro político. Em seu
primeiro dia na nova cela, comportou-se pacificamente.
Colaborou a Sucursal de Brasília
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