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PANORÂMICA
AERONÁUTICA
FAB cancela vôos oficiais de Tápias por falta de equipamento disponível
Por falta de equipamento disponível, a FAB (Força Aérea
Brasileira) cancelou de última
hora viagem programada pelo
ministro do Desenvolvimento,
Alcides Tápias, e inviabilizou
sua presença ontem à noite num
evento no Rio Grande do Sul.
Segundo a Aeronáutica, apenas 4 dos 18 jatinhos utilizados
pelo GTE (Grupo de Transporte
Especial) da Aeronáutica estão
em condições de uso. Os demais
estão parados por problemas de
falta de peças. Normalmente,
são esses aparelhos (10 Learjet e
8 HS-125) os usados pelos ministros em viagens oficiais.
Tápias pediu na semana passada à Aeronáutica que programasse para ele vôos Brasília-Porto Alegre-Rio-Brasília. O ministro deveria sair no fim da tarde para entregar o Prêmio Qualidade Industrial do Rio Grande
do Sul, em Porto Alegre, previsto para as 20h de ontem.
Depois, na manhã de hoje, deveria voar para o Rio, onde
acontece a posse de Armando
Marianti no Inmetro (Instituto
Nacional de Metrologia), às 12h,
na cidade de Xerém. Em seguida, retornaria para Brasília, para
uma reunião de trabalho.
Com o cancelamento repentino do pedido -Tápias só foi informado pela FAB na noite de
quarta-feira-, o ministro decidiu mandar um assessor até
Porto Alegre e só ir ao Rio, mas
perdendo todo o dia entre aeroportos. Detalhe: os vôos tiveram
de ser em aviões comerciais.
Normalmente, Tápias prefere
utilizar aviões comerciais. Ontem, segundo assessores, seria
um uso excepcional, dada a dificuldade de ligação entre as duas
cidades. Esse hábito de estar em
locais longínquos do país no
mesmo dia foi adquirido por ele
no tempo de presidência do Bradesco e da Camargo Corrêa,
quando tinha um jatinho sempre à disposição.
A Aeronáutica vem passando
a pior crise dos últimos anos. No
início da semana, 60% da frota
estava parada por falta de peças
e materiais de reposição.
(DA SUCURSAL DE BRASÍLIA)
FUNCIONALISMO
Grevistas dizem ter fechado fronteiras no sul do país
O comando de greve dos
servidores federais anunciou a
ampliação da paralisação, com
fechamento das fronteiras do
país no Rio Grande do Sul e a
paralisação dos embarques e
desembarques de cargas em
vários portos e aeroportos.
Em operação conjunta, funcionários em greve da Receita
Federal, da Vigilância Sanitária, da Polícia Rodoviária Federal e do Ministério da Agricultura teriam interrompido
as atividades de fiscalização e
vistoria de cargas no Rio Grande do Sul, em 11 aeroportos e
em 6 portos do país. Outros 3
aeroportos e 1 porto estariam
atuando em operação padrão.
O líder do PT na Câmara,
Aloizio Mercadante (PT-SP),
almoçou com Pedro Malan
(Fazenda) para pedir a abertura de negociações. Malan teria
dito que o interlocutor do governo deveria ser Martus Tavares (Orçamento e Gestão).
(DA SUCURSAL DE BRASÍLIA)
PARTIDOS
Maciel negocia reforma política com petistas
Numa aliança inédita, dirigentes do PFL e do PT acertaram
ontem que buscarão o apoio
dos demais partidos para levar
adiante a reforma política até o
final de 2000, sem mudanças
na Constituição. Durante reunião no Palácio do Jaburu,
chegou-se ao consenso de que a reforma ficará "contaminada"
pelo debate da sucessão presidencial caso seja deixada para o
próximo ano. Os dirigentes dos dois partidos avaliam que não dá
para mexer na Constituição porque os assuntos não têm unanimidade nos partidos e seria difícil reunir três quintos de votos na
Câmara e no Senado. O PFL apresentou uma proposta de reforma política com quatro itens: fidelidade partidária, cláusula de
barreira, fim das coligações nas eleições proporcionais e financiamento público das campanhas.
(DA SUCURSAL DE BRASÍLIA)
CLUBE MILITAR
Chapa derrotada quer recontar os votos da eleição
A chapa derrotada na eleição do Clube Militar apresentou ontem recurso pedindo a
recontagem de votos. A eleição
foi ganha pelo atual presidente
do clube, Hélio Ibiapina, por
2.789 votos contra 2.684 de
Durval Nery. A oposição alega
irregularidades na eleição.
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