DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

O secretário nacional do programa Bolsa-Escola, Marcelo Aguiar dos Santos Sá, afirmou que é "importante" o dado da pesquisa que aponta que 91,6% das crianças trabalhadoras estão na escola, mas mostra também um "viés cultural que precisa ser atacado".
"O que dá para ver é que, além da continuidade dos programas sociais de transferência de renda vinculados à frequência escolar [Bolsa-Escola, Peti], vai ter que ser feito um trabalho com as famílias no sentido de mudar essa herança cultural de achar que o trabalho tem importância na formação da criança. Lugar de criança não é no trabalho, é na escola ou brincando", disse.
Segundo ele, a tarefa do governo de combater e prevenir o trabalho infantil será ampliada com a transformação da secretaria que coordena em Secretaria de Inclusão Educacional.
"Vou ter diversos outros programas aqui que vão contribuir na questão da inclusão das crianças pobres na Escola, que vão ser complementares ao Bolsa-Escola", disse Aguiar, destacando programas de combate ao trabalho infantil, à exploração sexual, programas relativos a gênero e raça e ações educativas complementares, de forma a manter a criança na escola no turno contrário às aulas.
Essas ações vão ser feitas em parceria com a sociedade civil, aproveitando experiências bem-sucedidas de ONGs, e com os governos estaduais.
(PAULO PEIXOTO)


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