MARIA LUIZA ABBOTT
ENVIADA ESPECIAL A LAUSANNE

A violência de manifestantes antiglobalização marcou mais uma cúpula do do G8.
Houve choques com a polícia em Genebra e Lausanne, na Suíça. Lausanne, separada de Evian pelo lago Léman, é onde está o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mas os manifestantes ficaram contidos a quarteirões de distância do hotel Beau Rivage, onde estão Lula e seus colegas.
Em nenhum momento os protestos chegaram a Evian, que está protegida por um rígido esquema de segurança.
Em Lausanne, manifestantes com máscaras negras atacaram lojas e tentaram impedir a saída dos delegados para o encontro, e a polícia respondeu com bombas de gás lacrimogêneo. Dois policiais sofreram queimaduras na face.
Um inglês de 39 anos ficou ferido, com várias fraturas, depois de cair de uma ponte, durante uma tentativa de bloqueio de estradas. A vida do ativista não corre perigo.
A polícia cortou a corta a que o manifestante, que caiu, de uma altura de 20 metros, dentro de um riacho de meio metro de profundidade. Segundo as autoridades, os policiais não sabiam que havia um homem preso à corda.
Em Genebra, manifestantes atiraram coquetéis molotov no principal teatro da cidade, quebraram vidros e saquearam elegantes lojas. Atacaram postos de gasolina, enquanto gritavam "Sem sangue por petróleo", uma referência à guerra contra o Iraque.
"Agitadores violentos fizeram ataques, adotando táticas de guerrilha urbana, e pouco depois desapareciam e se misturavam com as manifestações pacíficas", disse o chefe da policia, Micheline Spoerri. Cerca de 400 manifestantes foram detidos. Pelo menos dez tiveram ferimentos, sem gravidade.
A violência desviou a atenção da marcha pacífica dos grupos que saíram de Annemasse, na França, e de Genebra, na Suíça, para se encontrar na fronteira dos dois países. As autoridades dizem que cerca de 50 mil pessoas participaram da marcha, mas os organizadores asseguram que o número de participantes chegou a 100 mil.



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