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SAIBA MAIS
CPI da Pirataria está na Câmara há quase 1 ano
DA REDAÇÃO
Instalada há quase um ano
-em 5 de junho do ano passado-, a CPI da Pirataria foi
criada pela Câmara dos Deputados com o objetivo de investigar a falsificação de produtos
industrializados e a sonegação
fiscal causada principalmente
pelo contrabando.
A CPI investigou fábricas de
cigarros brasileiras e paraguaias, "offshores" (empresas
no exterior), empresas de combustíveis e de informática.
A comissão apurou os negócios de Roberto Eleutério da
Silva, o Lobão, considerado o
maior contrabandista de cigarros do país. Ele foi condenado,
em fevereiro deste ano, a quatro anos de prisão por guardar
dinheiro falso.
A CPI da Pirataria chegou
também à organização criminosa que seria liderada pelo
empresário do setor de combustíveis Ari Natalino da Silva e
a uma rede criminosa envolvendo policiais. Pelo menos
nove deles foram presos.
Os deputados investigaram o
empresário chinês naturalizado brasileiro Law Kin Chong,
apontado pela CPI como um
dos principais contrabandistas
em atividade no país.
As investigações tiveram
também ligação com a Operação Anaconda, da Polícia Federal, que apurou um esquema de
venda de sentenças judiciais.
Em novembro do ano passado, Chong admitiu aos deputados que fazia "favores" ao delegado da Polícia Federal José
Augusto Bellini, preso pela PF.
Também foi acusado na operação o juiz Ali Mazloum, titular da 7ª Vara Criminal Federal,
na qual são investigadas as atividades de Chong.
Outra testemunha ouvida pela CPI ligada à Operação Anaconda foi o juiz João Carlos da
Rocha Mattos, que prometeu,
em março, divulgar em seu depoimento os nomes de outros
integrantes do Judiciário supostamente envolvidos com
contrabando. Nenhuma nova
denúncia foi feita pelo juiz.
A previsão era que a CPI da
Pirataria durasse até dia o 27 de
setembro do ano passado, mas
foi prorrogada quatro vezes.
Amanhã deve ser apresentado
o relatório final da comissão.
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