São Paulo, quarta-feira, 02 de junho de 2004

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CPI da Pirataria está na Câmara há quase 1 ano

DA REDAÇÃO

Instalada há quase um ano -em 5 de junho do ano passado-, a CPI da Pirataria foi criada pela Câmara dos Deputados com o objetivo de investigar a falsificação de produtos industrializados e a sonegação fiscal causada principalmente pelo contrabando.
A CPI investigou fábricas de cigarros brasileiras e paraguaias, "offshores" (empresas no exterior), empresas de combustíveis e de informática.
A comissão apurou os negócios de Roberto Eleutério da Silva, o Lobão, considerado o maior contrabandista de cigarros do país. Ele foi condenado, em fevereiro deste ano, a quatro anos de prisão por guardar dinheiro falso.
A CPI da Pirataria chegou também à organização criminosa que seria liderada pelo empresário do setor de combustíveis Ari Natalino da Silva e a uma rede criminosa envolvendo policiais. Pelo menos nove deles foram presos.
Os deputados investigaram o empresário chinês naturalizado brasileiro Law Kin Chong, apontado pela CPI como um dos principais contrabandistas em atividade no país.
As investigações tiveram também ligação com a Operação Anaconda, da Polícia Federal, que apurou um esquema de venda de sentenças judiciais.
Em novembro do ano passado, Chong admitiu aos deputados que fazia "favores" ao delegado da Polícia Federal José Augusto Bellini, preso pela PF.
Também foi acusado na operação o juiz Ali Mazloum, titular da 7ª Vara Criminal Federal, na qual são investigadas as atividades de Chong.
Outra testemunha ouvida pela CPI ligada à Operação Anaconda foi o juiz João Carlos da Rocha Mattos, que prometeu, em março, divulgar em seu depoimento os nomes de outros integrantes do Judiciário supostamente envolvidos com contrabando. Nenhuma nova denúncia foi feita pelo juiz.
A previsão era que a CPI da Pirataria durasse até dia o 27 de setembro do ano passado, mas foi prorrogada quatro vezes. Amanhã deve ser apresentado o relatório final da comissão.


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