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"Lutarei até o fim", diz
governador pedetista
DA SUCURSAL DO RIO
O governador do Rio, Anthony
Garotinho, afirmou que não pretende deixar o PDT e que o processo de expulsão é "um golpe"
tramado pelo ex-governador Leonel Brizola. "Esse ódio todo que o
Brizola tem mostrado contra
mim é porque ele sabe que lutarei
pelo partido até o fim."
À Folha, ele aconselhou o candidato do PDT à Prefeitura do Rio
a "esfriar a cabeça". "O PDT não é
uma de suas fazendas no Uruguai.
Os militantes são pessoas que
pensam. Ele não pode tratá-los
como ovelhinhas e se colocar como o bom pastor."
O governador rebateu as declarações de Brizola à Folha de ontem, quando sua conduta política,
partidária, pessoal e religiosa foi
questionada. Garotinho acredita
que os ataques do ex-governador
são para intimidá-lo. "Não saio
do PDT e não vou aceitar a expulsão. Ele está blefando para ver se
saio." Ele afirmou que enfrentará
Brizola e que, após as eleições,
convocará um congresso para reformular nacionalmente o PDT.
Isso se não for expulso antes.
"Peço ao Brizola que seja um homem da legalidade e não dê um
golpe", disse, referindo-se à Campanha da Legalidade conduzida
por Brizola em 1961 em favor da
posse de João Goulart. "A expulsão seria uma demonstração de
que o PDT aderiu ao fascismo."
Garotinho admitiu que Brizola
controla todas as principais instâncias de decisão partidária e
acredita que ele tentará concluir o
processo de expulsão -pedido
pela deputada estadual Cidinha
Campos- o mais rápido possível. E é isso que ele quer evitar.
"Ele quer me fritar logo porque
sabe que, depois das eleições, estará fragilizado, e nós estaremos
fortalecidos com a vitória que teremos nos municípios."
Brizola havia declarado que
preferiria fechar o PDT a deixá-lo
para o atual governador. "Ele
acha que pode fechar o partido
como se fosse uma fazenda sua",
afirmou Garotinho, que lamentou as dúvidas levantadas por Brizola à sua fé. "Um homem que teme a Deus não brinca com essas
coisas." E rebateu as acusações de
fazer vista grossa às irregularidades cometidas por auxiliares dizendo ter entregue as denúncias
ao Ministério Público.
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