São Paulo, sábado, 02 de julho de 2005

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PAINEL

Não, obrigado
Recém-alçado à condição de articulador do governo, Jader Barbalho (PMDB) procurou Orestes Quércia para sondá-lo sobre a idéia de colocar no Ministério das Comunicações seu afilhado político Marcelo Barbieri. O ex-governador polidamente recusou a oferta.

W.O.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e líderes das duas Casas tentaram em vão, durante horas anteontem, achar Severino Cavalcanti (PP-PE) para definir o horário da sessão de instalação da CPI do Mensalão, na próxima terça.

Na marra
Diante do sumiço do presidente da Câmara, o deputado Raul Jungmann (PPS-PE) protocolou ontem mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal para que seja assegurada a instalação da CPI.

Português claro
Na mesma reunião, o líder do PL na Câmara, Sandro Mabel (GO), propôs uma troca: siglas da base desistiriam da CPI da compra de votos da reeleição de FHC; a oposição abriria mão da do mensalão. Ouviu desaforos dos tucanos Alberto Goldman (SP) e Arthur Virgílio (AM).

Guarapower
Duas semanas de CPI dos Correios levaram o relator Osmar Serraglio ao acostamento. O peemedebista se diz esgotado e reclama das pressões do cargo. A oposição pensa em sugerir-lhe um fortificante natural.

Na própria carne
Do relator Serraglio (PR), governista mas não muito, a deputados ontem: "Se não punirmos ninguém, seremos massacrados nas urnas e nas ruas".

No ar
Roberto Jefferson será o entrevistado de amanhã no "Canal Livre", da Band, com exibição anunciada para as 22h.

Lição de casa
Roberto Jefferson (PTB-RJ) levou à CPI um dossiê com gastos declarados de campanha de cada integrante da comissão. Quando atacado, perguntava o nome do parlamentar aos membros da Mesa e consultava a cartolina com as informações.

Moderador de apetite
Quem estava na sala notou. Bastava Jefferson tocar no assunto financiamento de campanha para a audiência no plenário da CPI refluir, assim como os ânimos dos parlamentares mais exaltados no ataque ao presidente licenciado do PTB.

Companheiros
Jefferson passou o depoimento advertindo Jorge Bittar: "Daqui a pouco vou falar de Vossa Excelência". Ao inquirir o deputado, o petista foi mais ameno que seus colegas. Acabou chamado de "homem honrado" pelo petebista, que o apoiou para prefeito do Rio em 2004.

Má hora
Do senador e ex-vice-presidente da República Marco Maciel (PFL-PE), sobre a reforma política: "É a mais importante de todas, mas não agora. Qualquer alteração aprovada neste instante será marcada pelas circunstâncias e não terá a perenidade que o assunto requer".

Escolta rejeitada
Em nota, a Associação Paulista de Magistrados condenou a Justiça Federal por ter utilizado policiais armados para acompanhar a devolução de 5.000 processos à comarca de Catanduva (SP). Segundo o texto, a Apamagis "recebe essa conduta como insulto inexplicável e gratuito".

Visita à Folha
Liang Heng, subeditor-chefe do jornal chinês "Diário do Povo", visitou anteontem a Folha. Estava acompanhado de Zhao Shaodi, editor, de Jia Xiping, editor, Zhang Chuandu, correspondente-chefe, de Sun Liji, correspondente, e de Lu Ming Jun, relações públicas.

TIROTEIO

Do deputado federal Raul Jungmann (PPS-PE), sobre a fracassada negociação para levar o conjunto do PMDB a apoiar o governo por meio da oferta de mais ministérios:
-Todos sabem que o PMDB não consegue ir unido nem a casamento, quanto mais a velório.

CONTRAPONTO

Comício-fantasma

Na campanha eleitoral de 1994, o então candidato do PT ao governo do Paraná, Jorge Samek, chegava a Rosário do Ivaí na companhia do postulante do partido ao Senado Pedro Tonelli quando se deparou com a seguinte faixa estendida:
"Bem-vindos, futuro governador e futuro senador".
Cansados de falar para meia dúzia de gatos pingados nos municípios por onde passavam, os dois se animaram.
-Enfim, vamos ter um comício de verdade!- disse Samek, hoje diretor-geral de Itaipu.
Porém, ao chegar ao local indicado para o evento, não havia ninguém. Nem mesmo os dirigentes do PT. Procuraram na sede do sindicato rural, na Câmara. Nada. Frustrados e intrigados, decidiram ir embora.
Só mais tarde ficaram sabendo que, como não apareceu alma viva para o comício, os dirigentes petistas desapareceram.


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