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PRESSÃO AMIGA
Lideranças sociais pedem mudanças na economia em manifestação contra a crise política
Protesto em Goiânia põe 20 mil nas ruas
DA AGÊNCIA FOLHA, EM GOIÂNIA
Cerca de 20 mil pessoas participaram ontem, em Goiânia, da
primeira manifestação dos movimentos sociais desde o início
da crise política no país, deflagrada por denúncias de corrupção envolvendo o Planalto e partidos da base aliada. A Polícia
Militar estimou entre 17 mil e 20
mil o número de manifestantes.
Organizada pela CMS (Coordenação dos Movimentos Sociais), que congrega mais de 50
entidades, a passeata levantou
quatro bandeiras: mudanças
imediatas na política econômica, o fim da desestabilização do
governo, a apuração de todos os
casos de corrupção e uma reforma política "democrática".
O ato saiu da praça Universitária, por volta das 16h, seguindo
até a praça Cívica, onde aconteceu um ato político.
A maior adesão à mobilização
foi dos milhares de estudantes
que estão em Goiânia participando do 49º Congresso Nacional da UNE (União Nacional dos
Estudantes). O evento termina
no domingo, com a escolha de
uma nova diretoria.
Participaram ainda do ato integrantes do MST (Movimento
dos Trabalhadores Rurais Sem
Terra), da Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores
em Agricultura) e da Marcha
Mundial de Mulheres.
Apesar do apoio das principais
lideranças ao presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, a CMS disse
que a principal motivação dos
movimentos não é sair em defesa incondicional do governo,
mas da retomada do projeto político de mudanças que levou
Lula ao poder. O líder do MST
João Pedro Stedile disse que os
movimentos sociais estavam
"estendendo a mão" para o presidente em busca de uma "recomposição com o povo."
(ADRIANA CHAVES)
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