São Paulo, sábado, 02 de julho de 2005

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PRESSÃO AMIGA

Lideranças sociais pedem mudanças na economia em manifestação contra a crise política

Protesto em Goiânia põe 20 mil nas ruas

DA AGÊNCIA FOLHA, EM GOIÂNIA

Cerca de 20 mil pessoas participaram ontem, em Goiânia, da primeira manifestação dos movimentos sociais desde o início da crise política no país, deflagrada por denúncias de corrupção envolvendo o Planalto e partidos da base aliada. A Polícia Militar estimou entre 17 mil e 20 mil o número de manifestantes.
Organizada pela CMS (Coordenação dos Movimentos Sociais), que congrega mais de 50 entidades, a passeata levantou quatro bandeiras: mudanças imediatas na política econômica, o fim da desestabilização do governo, a apuração de todos os casos de corrupção e uma reforma política "democrática".
O ato saiu da praça Universitária, por volta das 16h, seguindo até a praça Cívica, onde aconteceu um ato político.
A maior adesão à mobilização foi dos milhares de estudantes que estão em Goiânia participando do 49º Congresso Nacional da UNE (União Nacional dos Estudantes). O evento termina no domingo, com a escolha de uma nova diretoria.
Participaram ainda do ato integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), da Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Agricultura) e da Marcha Mundial de Mulheres.
Apesar do apoio das principais lideranças ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a CMS disse que a principal motivação dos movimentos não é sair em defesa incondicional do governo, mas da retomada do projeto político de mudanças que levou Lula ao poder. O líder do MST João Pedro Stedile disse que os movimentos sociais estavam "estendendo a mão" para o presidente em busca de uma "recomposição com o povo."
(ADRIANA CHAVES)


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