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SUCESSÃO
10 candidaturas com pouca representatividade deverão aproveitar "palanque eletrônico' no rádio e na TV
Horário eleitoral atrai candidatos "nanicos"
da Sucursal de Brasília
O número de
candidatos a
presidente da
República sem
representatividade política deverá explodir, nestas eleições, devido à garantia dada pela Justiça
de aparição, ainda que pequena,
no programa eleitoral gratuito.
Uma decisão do STF (Supremo
Tribunal Federal) favorável a
Enéas Carneiro, do Prona, nas
eleições de 1994, e outra recente
do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) beneficiando todos os pequenos partidos incentivaram as candidaturas ao Palácio do Planalto.
Estimativa da divisão do tempo
no horário eleitoral revela que, na
hipótese de haver 13 candidatos à
Presidência, 10 representantes de
partidos "nanicos" deverão ocupar 13 minutos e meio dos 50 minutos destinados à propaganda
presidencial.
Nas eleições de 1994, dos oito
candidatos a presidente, apenas
três eram "nanicos".
Apesar de haver 13 prováveis
candidatos já lançados em convenções, o número final será definido pelo TSE, responsável pelo
registro das candidaturas.
O tribunal só calculará o tempo
de cada candidato após o fim do
prazo para o registro das candidaturas, na próxima terça-feira.
O horário eleitoral no rádio e na
TV é considerado uma espécie de
palanque eletrônico. Os candidatos à Presidência aparecerão em
dois blocos de 25 minutos cada, às
terças e quintas-feiras e aos sábados, a partir de 18 de agosto.
Além dos blocos, os candidatos
também vão dispor, juntos, de 30
minutos diários de inserções
-propagandas de até 60 segundos ao longo da programação das
emissoras de TV e rádio.
Dois terços do tempo são distribuídos proporcionalmente ao número de deputados que cada partido ou coligação tinha em fevereiro de 1995. Um terço é dividido
igualitariamente entre candidatos, independentemente da representação na Câmara.
Dos 30 partidos reconhecidos
pelo TSE, 24 estão contemplados
no cenário estimado de 13 nomes
na disputa à Presidência. Entre os
outros seis, o PAN (Partido dos
Aposentados da Nação) não havia
decidido até ontem à tarde se lançaria ou não candidato próprio.
O PT do B está em briga interna
sobre o lançamento de João de
Deus Barbosa. O PMDB e o PGT
não terão candidato nem participarão de coligação. O PCO dará
apoio informal a Lula. O PST pode
apoiar Fernando Collor de Mello.
O PRN deve pedir o registro de
Collor, mas é quase certo que o
TSE e o STF o impeçam de disputar. No caso, a Lei Eleitoral permite a substituição. O substituto provável é Fidelix da Cruz, candidato
do PRTB ao governo paulista.
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