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NO AR
Concentração
NELSON DE SÁ
da Reportagem Local
Paulo Henrique Amorim
renasceu como comercial:
- Antarctica e Brahma,
atentas à globalização, se uniram para disputar o competitivo mercado mundial... A
união cria uma multinacional
verde-amarela que é uma das
cinco maiores de bebida do
mundo... Mantém a concorrência entre suas marcas.
Foi menos um anúncio de fusão e mais o lançamento de
uma estratégia de defesa. Alguns compraram, como seria
de esperar, com tão avassaladores anunciantes.
Na efusiva manchete do Jornal da Band:
- As duas maiores cervejarias do Brasil se unem para
formar uma potência.
E do Jornal da Record:
- Fusão da Antarctica com
a Brahma forma a terceira
maior cervejaria do mundo.
Nem parecia a operação que
encerra a concorrência no
mercado de cervejas. E disse o
porta-voz de FHC:
- O presidente recebeu o
anúncio como uma comunicação normal, como qualquer
empresa que ele recebe.
Míriam Leitão detalhou:
- Num primeiro momento,
a tendência das autoridades
foi considerar que a operação
não pode ser autorizada. Mas
o governo já se convenceu que
o assunto tem que ser estudado mais profundamente.
FHC deve ter sido persuadido na "comunicação normal".
Mas o secretário de Direito
Econômico não parecia tão
convencido. Pergunta e resposta, em coletiva:
- Em que situações a fusão
pode ser desfeita?
- Se não houver garantia de
entrada de novos "players". Se
houver perspectiva de aumento de preço. Porque é uma operação que representa, obviamente, uma grande concentração no mercado.
Obviamente.
No "melancólico" aniversário do Real, FHC prometia ontem uma política "mais favorável à competitividade".
E-mail: nelsonsa@folhasp.com.br
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