São Paulo, segunda-feira, 02 de agosto de 2004

Próximo Texto | Índice

PAINEL

Pá de cal
Integrante do governo simpático à concessão de autonomia formal ao Banco Central reconhece: os casos do degolado Luiz Augusto Candiota e do até agora sobrevivente Henrique Meirelles sepultaram a remota chance de a idéia prosperar no atual mandato de Lula.

Dominó
Mais um diretor do Banco Central na administração tucana caiu na malha fina da CPI do Banestado: Sérgio Werlang, cujo sigilo bancário foi quebrado pela comissão. Ele fez remessas para o exterior, registradas, por meio das contas CC-5.

Queda-de-braço
Auto-ejetado do BC em razão de movimentações financeiras no exterior não declaradas à Receita, Luiz Augusto Candiota esteve na mira da CPI do Banestado, mas nem sequer foi ouvido. Outro lance do pugilato entre o presidente tucano da comissão, Antero Paes de Barros, e o relator petista, José Mentor.

Telhado de vidro
De caçadora a caça, a CPI do Banestado está sendo cobrada em mais de US$ 5 mil por uma empresa copiadora norte-americana. Como as cópias não chegaram autenticadas, a comissão se recusa a assumir a dívida.

Tio João
A Câmara dos Deputados lançará um novo site na internet, destinado ao público infantil. Vai se chamar "Plenarinho". No lançamento, marcado para a próxima sexta, haverá chat com 27 escolas, representantes dos Estados e do Distrito Federal.

Show garantido
Candidatos do PT a prefeito conseguiram abrir pelo menos uma brecha na decisão do Diretório Nacional de controlar com régua curta os recursos liberados para campanhas do partido. Ficou decidido que caberá à direção bancar as despesas com apresentações de artistas.

Cobertor curto 1
Estudos do PT e de uma consultoria privada projetam perdas para municípios paulistas de até R$ 220 mi em 2005 em conseqüência de renúncias fiscais concedidas pelo governo tucano de São Paulo no ICMS.

Cobertor curto 2
Só pela isenção aos produtos vendidos para o governo, a capital deixará de receber R$ 25 mi. "O governo estimula a produção, mas prejudica o município, porque reduz o bolo a ser dividido para saúde e educação", diz José Carlos Polo, da Consultoria em Administração Municipal.

Outro lado
Segundo o governo do Estado, a maior parte das isenções foi aprovada pelo Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária), e as medidas tiveram como objetivo incrementar a produção de setores como o sucroalcoleiro e o de calçados.

Dois coelhos
Não é só no corpo-a-corpo que o vereador paulistano Edivaldo Estima (PPS) tem atacado em duas frentes. Além de pedir votos ao lado de Marta Suplicy (PT) e do tucano José Serra, ele lançou o filho Fernando Estima para concorrer à Câmara pelo PDT. "Peço votos para os dois."

Amigo oculto 1
Ao contrário de Inácio Arruda (PC do B), que estampa em outdoors espalhados por Fortaleza o padrinho Ciro Gomes (PPS), Antônio Cambraia (PSDB) até o momento esconde os seus, o senador Tasso Jereissati e o governador Lúcio Alcântara.

Amigo oculto 2
A campanha de Cambraia, um neotucano criado pelo prefeito Juraci Magalhães (PMDB), teme desgaste com a associação aos nomes de Tasso e Alcântara, que somam quase duas décadas no comando do Ceará. Em 2002, embora vitoriosos no Estado, ambos perderam na capital.

TIROTEIO

Do senador Eduardo Suplicy , em resposta ao tucano Ricardo Montoro, que pediu empenho do petista não apenas na campanha à reeleição de Marta Suplicy, mas também na análise das finanças da prefeitura:
-Eu sempre examinei os documentos que chegam ao Senado, sejam eles da prefeitura ou do governo Geraldo Alckmin.

CONTRAPONTO

Só pensa naquilo

Há poucos dias, secretários e parlamentares tucanos de São Paulo foram até o município de Marília participar do Fórum Governo Presente.
O objetivo do programa é prestar contas da administração estadual e ouvir sugestões e pedidos de prefeitos e vereadores, em sua maioria tucanos ou de partidos aliados a Geraldo Alckmin. Assim, em seus discursos, os participantes priorizaram questões regionais e estaduais.
Até que chegou a vez de dar a palavra ao deputado Alberto Goldman, ferrenho crítico do governo do presidente Lula.
Acostumado ao pinga-fogo da Câmara, o parlamentar disparou ataques aos petistas em questões de âmbito nacional.
No palanque, tucanos detectaram certo espanto na platéia e não perderam a piada:
-Avisa o Goldman que aqui não precisa falar mal do Lula. Todo mundo já é nosso.



Próximo Texto: Deputados-candidatos usam verba oficial para se promover
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.