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QUESTÃO AGRÁRIA
Advogado diz que vai cobrar do Estado
MST destrói plantação em fazenda invadida sábado em Sandovalina
DA AGÊNCIA FOLHA
O coordenador nacional do
MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) Clédson
Mendes da Silva, 30, disse ontem
que é "objetivo do movimento"
destruir toda a plantação de sorgo
da fazenda São Domingos, em
Sandovalina, no Pontal do Paranapanema (extremo oeste de São
Paulo). A área foi invadida no final da manhã de sábado por 1.200
pessoas, segundo o MST. A Polícia Militar não tem estimativa.
"Sorgo é alimento para gado. Se
a gente conseguir destruir todo
aquele sorgo, nós vamos fazer. Esse é o nosso objetivo", afirmou.
No local, disse o coordenador, será plantada "comida de gente".
O advogado dos donos da fazenda, Coraldino Vendramini,
38, voltou a dizer que irá pedir a
reintegração de posse hoje no fórum de Pirapozinho. "Só foi plantado sorgo porque é plantio de inverno, mas a área é para soja."
"Os prejuízos precisam ser ressarcidos. Como o movimento invade, faz tudo e ninguém faz nada, vamos cobrar do Estado a responsabilidade pois é seu dever zelar pela segurança", disse.
Paraná
A coordenação do MST do Paraná disse que famílias de acampamentos de Planaltina do Paraná, onde um sem-terra morreu e
seis ficaram feridos anteontem, se
deslocaram à fazenda Santa Filomena para "engrossar" a invasão.
Após o confronto com funcionários da propriedade, cerca de 500
sem-terra invadiram o local.
No Piauí, equipes das polícias
Civil e Militar, enviadas à fazenda
do Papagaio para investigar as
mortes de dois integrantes do
MST, apreenderam oito armas
com funcionários da fazenda.
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