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"GOLPE DE MARKETING"
Maria Christina diz que Valdemar Costa Neto renunciou para voltar em 2006
Saída é "quase pizza", diz ex-mulher
DA REPORTAGEM LOCAL
Frisando que o ex-marido
não se afastou da presidência do
PL, a publicitária Maria Christina Mendes Caldeira acusou ontem Valdemar Costa Neto (SP)
de aplicar "um golpe de marketing" para preservar o direito de
concorrer nas próximas eleições. Pela lógica de Maria Christina, ao renunciar, Valdemar se
livra de um processo de cassação e da pena da inelegibilidade.
"Cassado, ele ficaria quanto
tempo sem se eleger?", perguntou ela, concluindo: "É um golpe de marketing para poder, no
ano que vem, fingir que nada
aconteceu e... [assobia]".
Maria Christina, que depôs
contra Valdemar no Conselho
de Ética da Câmara, lamentou
que o processo não seja concluído. "Os políticos sabem como
aferir certas coisas. Acho que ele
[Valdemar] deveria ter sido julgado. E não ter renunciado."
"É uma quase pizza. É um calzone", brincou ela, referindo-se
à decisão de Valdemar.
Mesmo certa de que essa foi
uma estratégia de Valdemar para escapar de punição mais severa, Maria Christina recebeu a
renúncia como "um cheque em
branco" do ex-marido para as
acusações que levou ao Conselho de Ética. Em seu depoimento, ela disse ter presenciado conversas que atestariam a existência do suposto esquema do
"mensalão" e afirmou ter ouvido Valdemar pedir diversas vezes ao ex-tesoureiro do PL Jacinto Lamas para ir a Belo Horizonte buscar "várias malas".
Ao driblar o processo, ele acaba avalizando as acusações, no
entender de Maria Christina.
"Contra fato, ele diria o quê? (...)
Espero que, no ano que vem, as
pessoas tenham bastante consciência em quem votar."
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