São Paulo, terça-feira, 02 de agosto de 2005

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"GOLPE DE MARKETING"

Maria Christina diz que Valdemar Costa Neto renunciou para voltar em 2006

Saída é "quase pizza", diz ex-mulher

DA REPORTAGEM LOCAL

Frisando que o ex-marido não se afastou da presidência do PL, a publicitária Maria Christina Mendes Caldeira acusou ontem Valdemar Costa Neto (SP) de aplicar "um golpe de marketing" para preservar o direito de concorrer nas próximas eleições. Pela lógica de Maria Christina, ao renunciar, Valdemar se livra de um processo de cassação e da pena da inelegibilidade.
"Cassado, ele ficaria quanto tempo sem se eleger?", perguntou ela, concluindo: "É um golpe de marketing para poder, no ano que vem, fingir que nada aconteceu e... [assobia]".
Maria Christina, que depôs contra Valdemar no Conselho de Ética da Câmara, lamentou que o processo não seja concluído. "Os políticos sabem como aferir certas coisas. Acho que ele [Valdemar] deveria ter sido julgado. E não ter renunciado."
"É uma quase pizza. É um calzone", brincou ela, referindo-se à decisão de Valdemar.
Mesmo certa de que essa foi uma estratégia de Valdemar para escapar de punição mais severa, Maria Christina recebeu a renúncia como "um cheque em branco" do ex-marido para as acusações que levou ao Conselho de Ética. Em seu depoimento, ela disse ter presenciado conversas que atestariam a existência do suposto esquema do "mensalão" e afirmou ter ouvido Valdemar pedir diversas vezes ao ex-tesoureiro do PL Jacinto Lamas para ir a Belo Horizonte buscar "várias malas".
Ao driblar o processo, ele acaba avalizando as acusações, no entender de Maria Christina. "Contra fato, ele diria o quê? (...) Espero que, no ano que vem, as pessoas tenham bastante consciência em quem votar."


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