São Paulo, quarta-feira, 02 de agosto de 2006

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Alvos de novas acusações, 3 senadores serão investigados por Corregedoria

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

No dia em que Romeu Tuma (PFL-SP), corregedor do Senado, anunciou a abertura de investigação dos três senadores suspeitos de participar da máfia dos sanguessugas, surgiram mais acusações contra eles.
Ney Suassuna (PMDB-PB), Serys Slhessarenko (PT-MT) e Magno Malta (PL-ES) são acusados por Luiz Antonio Vedoin de terem, por meio de assessores, parentes ou outros parlamentares, recebido benefícios para colaborar com a quadrilha. Os depoimentos de Darci Vedoin, pai de Luiz Antonio, e de Ronildo Medeiros, integrante do esquema, elevam o grau de algumas das acusações.
Sobre Suassuna, que é líder da bancada do PMDB, Darci diz ter tratado do esquema com o assessor Marcelo Cardoso de Carvalho, mas afirma não acreditar que o senador desconhecesse a fraude. Ele diz ainda que a quadrilha estava direcionando emendas ao Ministério das Comunicações "por ser um ministério do PMDB, no qual o senador teria maior influência". Suassuna nega participação na fraude. Ele exonerou Cardoso.
Magno Malta foi ontem à tribuna do plenário se defender. "Se a polícia está grampeando eles há tanto tempo, deve saber que não há nada contra este senador ou seus assessores, nada que nos ligue a essa corja de indignos e mãos-sujas", afirmou.
Ele é acusado de ter recebido, por meio do deputado Lino Rossi (PP-MT), um carro dos Vedoin. Ele confirma ter usado o carro, por cerca de um ano, mas diz não ter nenhum contato com a Planam ou os Vedoin. Darci Vedoin disse que ele usou o veículo por cerca de três anos.
Na tribuna, Serys disse estar à disposição para prestar esclarecimentos. Ela é acusada de ter recebido R$ 35 mil, entregues para seu genro Paulo Roberto. "Meu genro nega ter recebido qualquer benefício."


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