São Paulo, quinta-feira, 02 de agosto de 2007

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Após nomeação, aliados esperam mais cargos

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A nomeação de Conde para Furnas, uma vitória do PMDB na queda-de-braço com Lula, animou os partidos da base governista a emplacar indicações há meses paradas no Planalto.
"Essa nomeação [de Conde] abre a caixa-preta das demais nomeações", disse o líder do governo na Câmara, José Múcio (PTB-PE).
A lista é longa. O PMDB, sempre o de maior apetite, prioriza as pendências no setor elétrico: a nomeação do ex-governador de Santa Catarina Paulo Afonso Vieira para a Eletrosul, o preenchimento da diretoria da Eletronorte e a reconquista do Ministério das Minas e Energia, que perdeu com a saída de Silas Rondeau. O partido também quer uma diretoria da Petrobras para um apadrinhado da bancada mineira, João Augusto Henriques. No PP, que controla o Ministério das Cidades, mas convive tensamente com uma estrutura petista no segundo escalão, a expectativa é de que o sinal verde do governo seja dado agora.
Uma trinca de ex-deputados federais -Leodegar Tiscoski (SC), Feu Rosa (ES) e Suely Campos (RR)- está na lista dos indicados. De quebra, o deputado Paulo Maluf (SP) quer indicar um aliado, Jesse Ribeiro, para a secretaria-executiva do Ministério das Cidades.
Mas os interesses do PT são difíceis de contrariar e por isso a "verticalização" das Cidades tem demorado. A tendência é a resistência dos petistas aumentar.
Com a nomeação de Conde, deve aumentar a pressão do PT não apenas para manter seus cargos, mas para avançar em outros espaços. Um caso que preocupa o partido é a indicação parada do ex-presidente da Petrobras José Eduardo Dutra para a presidência da BR Distribuidora. (FÁBIO ZANINI)


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