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Após nomeação, aliados esperam mais cargos
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A nomeação de Conde para Furnas, uma vitória do
PMDB na queda-de-braço
com Lula, animou os partidos da base governista a emplacar indicações há meses
paradas no Planalto.
"Essa nomeação [de Conde] abre a caixa-preta das demais nomeações", disse o líder do governo na Câmara,
José Múcio (PTB-PE).
A lista é longa. O PMDB,
sempre o de maior apetite,
prioriza as pendências no setor elétrico: a nomeação do
ex-governador de Santa Catarina Paulo Afonso Vieira
para a Eletrosul, o preenchimento da diretoria da Eletronorte e a reconquista do
Ministério das Minas e Energia, que perdeu com a saída
de Silas Rondeau. O partido
também quer uma diretoria
da Petrobras para um apadrinhado da bancada mineira, João Augusto Henriques.
No PP, que controla o Ministério das Cidades, mas convive tensamente com uma estrutura petista no segundo
escalão, a expectativa é de
que o sinal verde do governo
seja dado agora.
Uma trinca de ex-deputados federais -Leodegar Tiscoski (SC), Feu Rosa (ES) e
Suely Campos (RR)- está na
lista dos indicados. De quebra, o deputado Paulo Maluf
(SP) quer indicar um aliado,
Jesse Ribeiro, para a secretaria-executiva do Ministério
das Cidades.
Mas os interesses do PT
são difíceis de contrariar e
por isso a "verticalização"
das Cidades tem demorado.
A tendência é a resistência
dos petistas aumentar.
Com a nomeação de Conde, deve aumentar a pressão
do PT não apenas para manter seus cargos, mas para
avançar em outros espaços.
Um caso que preocupa o partido é a indicação parada do
ex-presidente da Petrobras
José Eduardo Dutra para a
presidência da BR Distribuidora.
(FÁBIO ZANINI)
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