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TELECOMUNICAÇÕES
Perdedores
do leilão já
traçam novas
estratégias
e da Sucursal do Rio
Perdedores do leilão de privatização do Sistema Telebrás começam a traçar suas estratégias para
disputar outras oportunidades de
entrada no mercado brasileiro de
telecomunicações.
Walduck Wanderley, presidente
da construtora Cowan, disse ontem que a empresa tem interesse
em explorar a telefonia celular.
Um dos caminhos é o PCS (Personal Communication System),
um celular mais barato que apresenta limitações de uso (não funciona dentro de carros).
A Cowan disputou quatro empresas de telefonia celular no leilão
de quarta-feira: Telemig Celular,
Tele Celular Sul, Tele Nordeste Celular e Tele Leste Celular.
Outra empresa que mantém o
interesse no mercado brasileiro é a
Bell Canada, que no leilão apresentou ofertas para a compra de
três empresas de telefonia celular.
Já atuando no setor de telefonia
no Brasil em associação com fundos de pensão na região Centro-Oeste e no Rio Grande do Sul,
o grupo examina agora qual seria a
melhor tática para aumentar sua
participação no mercado nacional.
A Bell Canada mudou sua estratégia para o leilão na semana passada. Iria participar de um consórcio com fundos de pensão, o banco
Opportunity e outra empresa canadense. Mas resolveu entrar sozinha -o que levou os ex-sócios a
notificarem a Bell Canada que poderiam processá-la.
As oportunidades de novos negócios em telefonia no país serão
dadas pelas regras que prevêem
concorrência gradual no setor.
A primeira porta de entrada depois da privatização serão as concessões para as "empresas-espelho", que atuarão nas mesmas regiões das companhias de telefonia
fixa privatizadas. Os editais para a
concorrência deverão ser publicados pela Anatel (Agência Nacional
de Telecomunicações) até o final
do ano. A expectativa é que as essas
empresas comecem a atuar em 99.
Esse sistema de duopólio vai durar até 31 de dezembro de 2001,
quando passa a não haver mais limites na telefonia fixa. Qualquer
empresa que preencher os requisitos legais poderá conseguir autorização para explorar o serviço.
Mesmo empresas que não participaram do leilão da Telebrás demonstram interesse em disputar
as "empresas-espelho".
A AT&T, por exemplo, classifica
toda a oportunidade nesse mercado como sendo de interesse da empresa. "Tudo será examinado. A
competição é sempre estimulante
porque aumenta o tráfego de
usuários, o que é atrativo até para
quem não está no mercado", disse
Wilson Otero, o principal executivo da AT&T no Brasil.
A AT&T é a segunda maior empresa de telefonia do mundo e recentemente fechou acordo com a
British Telecom. A companhia britânica visitou o "data room" com
informações sobre as teles brasileiras privatizadas, mas não participou do leilão.
(CLÁUDIA TREVISAN, CÉLIA GOUVÊA
FRANCO e ISABEL CLEMENTE)
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