São Paulo, terça, 2 de setembro de 1997.



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Deputado vai depor amanhã sobre venda de voto para a reeleição
Chicão Brígido diz que tinha acordo com sua suplente

da Sucursal de Brasília

O advogado João Rodrigues Neto, que defende o deputado Chicão Brígido (PMDB-AC), acusado de ter "alugado" o mandato para a suplente e de ficar com parte dos salários dos funcionários de seu gabinete, disse ontem que havia um acordo entre o deputado e a suplente, Adelaide Neri (PMDB-AC).
"Por ocasião do seu licenciamento, o deputado discutiu antecipadamente com a suplente as condições pelas quais se dariam o seu afastamento da Câmara e os compromissos que caberiam a ela", diz ele, na defesa entregue ontem à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).
Para o advogado, essa conduta "não é reprovável e não pode levar à cassação do mandato do deputado". Ele afirma que Chicão "nada exigiu da deputada, mas ela se prontificou a ajudá-lo a resolver problemas pendentes e oriundos do embate eleitoral".
No seu depoimento à CCJ, Adelaide Neri negou que tivesse feito acordo com Chicão.
"Essa verba é usada para contratar pessoal no Estado", afirma o advogado.
Na defesa, ele indica dez pessoas que trabalhariam para o deputado e seriam pagas com esse dinheiro.
Compra de votos
O depoimento do deputado, nesse processo, está marcado para 9 de setembro.
Antes, ele terá de explicar o seu envolvimento no esquema de compra de votos a favor da emenda da reeleição. Ele vai depor amanhã na CCJ, com os deputados Osmir Lima (PFL-AC) e Zila Bezerra (PFL-AC).



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