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Deputado vai depor amanhã sobre venda de voto para a reeleição
Chicão Brígido diz que tinha
acordo com sua suplente
da Sucursal de Brasília
O advogado João Rodrigues
Neto, que defende o deputado
Chicão Brígido (PMDB-AC),
acusado de ter "alugado" o
mandato para a suplente e de ficar com parte dos salários dos
funcionários de seu gabinete,
disse ontem que havia um acordo entre o deputado e a suplente, Adelaide Neri (PMDB-AC).
"Por ocasião do seu licenciamento, o deputado discutiu antecipadamente com a suplente
as condições pelas quais se dariam o seu afastamento da Câmara e os compromissos que caberiam a ela", diz ele, na defesa
entregue ontem à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).
Para o advogado, essa conduta
"não é reprovável e não pode levar à cassação do mandato do
deputado". Ele afirma que Chicão "nada exigiu da deputada,
mas ela se prontificou a ajudá-lo
a resolver problemas pendentes
e oriundos do embate eleitoral".
No seu depoimento à CCJ,
Adelaide Neri negou que tivesse
feito acordo com Chicão.
"Essa verba é usada para contratar pessoal no Estado", afirma o advogado.
Na defesa, ele indica dez pessoas que trabalhariam para o deputado e seriam pagas com esse
dinheiro.
Compra de votos
O depoimento do deputado,
nesse processo, está marcado
para 9 de setembro.
Antes, ele terá de explicar o seu
envolvimento no esquema de
compra de votos a favor da
emenda da reeleição. Ele vai depor amanhã na CCJ, com os deputados Osmir Lima (PFL-AC) e
Zila Bezerra (PFL-AC).
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