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ALAGOAS
Medida visa garantir a segurança de jornalista da Folha
Dias recebe carta lacrada com relato da apuração do caso PC
da Sucursal de Brasília
O ministro da Justiça, José Carlos Dias, recebeu ontem do correspondente da Agência Folha em
Maceió, Ari Cipola, envelope lacrado contendo um relato de investigações relacionadas à morte
do empresário PC Farias e de sua
namorada, Suzana Marcolino.
Em carta, o jornalista aponta
pessoas que têm interesse em impedir seu trabalho, para que sejam investigadas se algo vier a
acontecer a ele ou a sua família.
Conforme ata lavrada pelo Ministério da Justiça, José Carlos
Dias recebeu o envelope "com o
compromisso de que só poderá
ser aberto caso ocorra qualquer
incidente que impeça o referido
jornalista de se manifestar livremente".
Além do ministro e do jornalista, assinaram a ata o secretário nacional de Segurança Pública, José
Oswaldo Pereira Vieira, e a secretária nacional de Justiça, Elizabeth Sussekind, que participaram
da audiência concedida a Cipola.
Desde anteontem, Cipola e sua
família contam com proteção da
Polícia Federal, determinada pelo
Ministério da Justiça a pedido da
Folha.
O ministro disse que o envelope
lacrado é uma garantia de vida
para Cipola. "Como ele está investigando pistas do crime e ainda não tem elementos suficientes
para publicar as informações de
que dispõe, essa é uma forma de
preservar sua integridade."
Ao receber o envelope, Dias se
certificou de que não continha a
revelação de nenhum crime.
"Não posso receber uma notícia-crime e deixar de levá-la ao conhecimento da autoridade policial", afirmou.
Nota da Redação - Em ataques públicos a Ari Cipola, o deputado Augusto Farias pôs em
dúvida a isenção do jornalista
devido ao fato de sua mulher trabalhar para o governo de Alagoas. A Folha não vê incompatibilidade entre o trabalho de Cipola e a condição funcional de
sua mulher. O jornal não esmorecerá no esforço que vem empreendendo para esclarecer o
mistério que cerca a morte de PC
Farias, um dos episódios obscuros da história recente do país.
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