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CASO TRT
Documento enviado por juiz põe em xeque argumento que beneficiou Luiz Estevão
Ofício pode contrariar absolvição
DA REPORTAGEM LOCAL
Ofício enviado pelo juiz federal
Casem Mazloum ao Ministério da
Justiça, no dia 18 de agosto de
2000, pode contrariar os fundamentos da decisão do magistrado
que, em agosto último, considerou "ilícitas" as provas de que o
senador cassado Luiz Estevão enviou US$ 1 milhão para o juiz Nicolau dos Santos Neto.
Mazloum havia solicitado ao
então ministro da Justiça, José
Gregori, "diligências para identificar os bens móveis e imóveis, inclusive as contas bancárias" de
Nicolau, Estevão e de Fábio Monteiro de Barros e José Eduardo
Teixeira Ferraz, da empresa Incal,
em vários países, inclusive nos Estados Unidos.
No último dia 15 de agosto, Mazloum acolheu recurso de Estevão
e considerou que eram "ilícitas"
as provas enviadas pelo governo
dos Estados Unidos, referentes
aos depósitos na conta de Nicolau. O juiz entendeu que essas
provas haviam sido obtidas sem
autorização judicial, o que violaria a Constituição Federal.
Ao pedir as diligências a Gregori, em agosto de 2000, Mazloum
atendia a requerimento da procuradora da República Janice Ascari. O ofício requerendo as diligências não foi juntado aos autos.
No pedido a Mazloum, a procuradora Janice informava sobre
reunião em 8 de agosto na Procuradoria Geral da República, da
qual participaram, além de Gregori, o procurador da República,
Geraldo Brindeiro, o então advogado-geral da União, Gilmar
Mendes, e integrantes de vários
ministérios.
"Ficou então decidida uma ação
coordenada entre os referidos órgãos, com o objetivo de localização, bloqueio e repatriação de
bens móveis e imóveis" pertencentes aos denunciados no caso
do suposto desvio de R$ 169 milhões do Fórum Trabalhista de
São Paulo.
O ofício de Mazloum a Gregori
cita os acusados, entre os quais está o réu Luiz Estevão de Oliveira
Neto.
(FREDERICO VASCONCELOS)
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