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TSE também assegura a tucano a utilização de quatro inserções Ciro de 15 segundos cada
PT ganha 8 minutos de Serra na TV
FERNANDA NARDELLI
SILVANA DE FREITAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A cinco dias do primeiro turno,
o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, foi condenado pelo
Tribunal Superior Eleitoral a ceder 8min6s de sua propaganda na
TV para direitos de resposta ao
PT e ao presidenciável petista,
Luiz Inácio Lula da Silva.
Os advogados de Lula esperam
usar todo o tempo amanhã -último dia de programa eleitoral-
sendo 5min33s no programa das
13h e 2min33s à noite. Serra tem
10min23s em cada bloco.
Os advogados de Serra devem
pedir que a veiculação da resposta
seja feita somente na sexta-feira.
Lula, o PT e o presidente do partido, José Dirceu, obtiveram vitória em representações que moveram contra o tucano por ataques
veiculados no horário gratuito entre 17 e 21 de setembro, quando
Serra ensaiou uma estratégia mais
agressiva na tentativa de atrair o
eleitorado do adversário.
Na madrugada de ontem, o plenário do TSE examinou os processos em conjunto e concedeu
três direitos de resposta ao PT, a
Dirceu e ao próprio Lula em cinco
diferentes representações que haviam sido movidas.
Os ministros consideraram que
os ataques de Serra a Lula extrapolaram a crítica política, tolerada
pela Justiça Eleitoral, e ofenderam
os petistas.
Foram examinadas: 1) a propaganda que relacionou uma declaração de Dirceu a agressões de
grevistas ao então governador de
São Paulo, Mário Covas (PSDB),
em 2000; 2) a que transmitiu o depoimento de Renata Covas, filha
de Mário Covas, sobre o episódio,
e 3) a crítica do tucano à exigência
de diploma de curso superior pela
Prefeitura de São Paulo para a
função de fiscal de rua.
No último caso, a campanha tucana confrontou a exigência de
diploma pela prefeitura com a declaração atribuída a Lula dispensando a necessidade de formação
superior para a Presidência. Em
seguida, vinha a frase: "Ou ele esconde o que pensa ou não sabe o
que diz". O TSE considerou a propaganda preconceituosa, com intenção de humilhar o adversário.
Por isso, Lula ganhou um minuto.
No ataque a Dirceu, o presidente do PT aparecia em discurso, dizendo: "Eles [em referência ao governo paulista] têm de apanhar
na rua e nas urnas". Em seguida,
um locutor afirmava: "O deputado foi atendido. Covas foi agredido". A cena mostrava o então governador sendo agredido em uma
manifestação de grevistas.
Nessa parte, foram concedidos
2min33s em conjunto para o PT e
Dirceu, em princípio em dois programas, já que a propaganda foi
veiculada à tarde e à noite.
O outro direito de resposta foi
dado por causa de uma nova versão do tema Dirceu/Covas, veiculada no dia 21, em que a filha de
Covas gravou depoimento sobre
o episódio da agressão ao pai.
O TSE já havia proibido Serra de
veicular a declaração de Dirceu e a
agressão a Covas quando o programa tucano voltou ao tema,
com o depoimento. Pelo descumprimento da decisão, o tribunal
cedeu ao PT e a Dirceu mais 2min.
Serra assegurou ontem no TSE a
utilização de quatro inserções do
presidenciável Ciro Gomes (PPS),
de 15 segundos cada, como direito
de resposta por causa da propaganda do candidato do PPS que
chamava o tucano de "senhor da
guerra" depois de mostrar fotos
de Roseana Sarney (PFL), Ciro e
Lula sendo metralhadas.
O tempo a ser usado por Serra
equivale ao número diário de inserções de Ciro.
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