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"Petrobras faz ajustes muito oportunos", ironiza tucano
LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PELOTAS
O candidato tucano à Presidência da República, José Serra, ironizou ontem, em Pelotas (RS), o fato de a Petrobras ter reajustado o
preço do óleo combustível faltando menos de uma semana para a
eleição presidencial.
"A Petrobras faz ajustes [de preços] muito oportunos, a três, quatro dias da eleição. Não há a menor dúvida disso", afirmou. A estatal já havia sido alvo de críticas
de Serra e dos outros candidatos
por causa dos aumentos dos combustíveis. A empresa anunciou,
anteontem, aumento de 9,7% no
preço do óleo combustível.
Depois da ironia, o tucano procurou atenuar o discurso em relação à estatal. "Se ela fez, é porque
acha necessário. Mostra que não
está nem aí para a eleição, o que é
positivo. Ou seja, a empresa não
está interferindo no processo eleitoral em meu favor. Isso é um testemunho de independência."
Em dois momentos Serra interrompeu, nervoso, a entrevista que
concedia. Primeiro, quando houve uma referência ao nome do ministro Pedro Malan (Fazenda)
-ele se levantou para deixar o local, criticando o "tititi", sem ouvir
o que seria perguntado. Depois,
quando foi abordado seu discurso
em relação ao PT -neste momento, encerrou a entrevista.
Dizendo que "o Brasil está cheio
de problemas, a questão é saber
quem é capaz de enfrentá-los",
não poupou críticas a seus adversários. "Há dois PTs no Brasil. O
PT da TV, da paz e amor, bonzinho e ponderado, e o PT real, que
é o que há aqui no Rio Grande do
Sul. O PT real é outra coisa, é
cúmplice das invasões de terra, é o
que atrasa salários, como aqui
ocorre", disse, referindo-se a supostos atrasos salariais na Prefeitura de Pelotas -o prefeito é o
petista Fernando Marroni. A prefeitura nega a acusação.
Utilizando-se da situação de insegurança vivida no Rio de Janeiro, Serra também aproveitou para
criticar o PT e o PSB . "Estavam
juntos [o então governador Garotinho e a vice-governadora petista
Benedita da Silva], e agora um
acusa o outro, e quem paga o pato
é a população brasileira, é a população do Rio de Janeiro", disse ele.
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