São Paulo, quarta-feira, 02 de outubro de 2002

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PT precipitaria crise econômica, diz pepessista

MAURÍCIO SIMIONATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM

O candidato à Presidência Ciro Gomes (PPS) disse ontem em Belém (PA) que "o projeto do PT vai precipitar uma crise econômica e de governabilidade" no país, caso o candidato Luiz Inácio Lula da Silva seja eleito presidente.
"Votar no Lula é um ato compreensivo de revolta e de protesto, mas o projeto do PT vai precipitar uma crise econômica, que já é muito grave, e uma crise de governabilidade", disse Ciro.
Ciro chegou a Belém às 14h30, participou de um carreata e caminhou pelo centro da cidade ao lado de sua mulher Patrícia Pillar, onde cumprimentou eleitores. Às 17h, eles seguiram para Fortaleza, onde fariam o último comício da campanha no primeiro turno.
"Toda visão que eu tenho conseguido ler do PT é um ziguezague. As vezes dizem que mantêm as metas de inflação, as vezes dizem que não. Assumiram compromisso com as linhas básicas do acordo com o FMI [Fundo Monetário Internacional], que é impraticável", disse.
"Na oposição, são muito pródigos em prometer e simplificar as questões, como o Lula está fazendo. E na administração há uma reversão completa."

Renúncia
O candidato da Frente Trabalhista classificou como "puro boato" a suposta renúncia de sua candidatura para apoiar Lula.
Entre os defensores da idéia está o filósofo Roberto Mangabeira Unger, coordenador do programa de governo de Ciro, que divulgou sua posição em artigo ontem na Folha.
"É puro boato e quando a campanha acabar vai correr um boato mais forte ainda. Mas eu sou candidato para ganhar ou para perder e tenho convicção de que nossas chances são muito grande."
O presidenciável também atribuiu o boato de renúncia ao candidato José Serra (PSDB).
Ciro afirmou respeitar a opinião de Mangabeira e disse que os dois continuam amigos, mas negou o afastamento dele da campanha. "Ele [Mangabeira] não participa efetivamente da campanha. Ele participou da elaboração do programa de governo. Respeito a opinião dele e ele continuará onde sempre esteve", disse.


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