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PT precipitaria crise econômica, diz pepessista
MAURÍCIO SIMIONATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM
O candidato à Presidência Ciro
Gomes (PPS) disse ontem em Belém (PA) que "o projeto do PT vai
precipitar uma crise econômica e
de governabilidade" no país, caso
o candidato Luiz Inácio Lula da
Silva seja eleito presidente.
"Votar no Lula é um ato compreensivo de revolta e de protesto,
mas o projeto do PT vai precipitar
uma crise econômica, que já é
muito grave, e uma crise de governabilidade", disse Ciro.
Ciro chegou a Belém às 14h30,
participou de um carreata e caminhou pelo centro da cidade ao lado de sua mulher Patrícia Pillar,
onde cumprimentou eleitores. Às
17h, eles seguiram para Fortaleza,
onde fariam o último comício da
campanha no primeiro turno.
"Toda visão que eu tenho conseguido ler do PT é um ziguezague. As vezes dizem que mantêm
as metas de inflação, as vezes dizem que não. Assumiram compromisso com as linhas básicas
do acordo com o FMI [Fundo
Monetário Internacional], que é
impraticável", disse.
"Na oposição, são muito pródigos em prometer e simplificar as
questões, como o Lula está fazendo. E na administração há uma
reversão completa."
Renúncia
O candidato da Frente Trabalhista classificou como "puro boato" a suposta renúncia de sua candidatura para apoiar Lula.
Entre os defensores da idéia está
o filósofo Roberto Mangabeira
Unger, coordenador do programa de governo de Ciro, que divulgou sua posição em artigo ontem
na Folha.
"É puro boato e quando a campanha acabar vai correr um boato
mais forte ainda. Mas eu sou candidato para ganhar ou para perder e tenho convicção de que nossas chances são muito grande."
O presidenciável também atribuiu o boato de renúncia ao candidato José Serra (PSDB).
Ciro afirmou respeitar a opinião
de Mangabeira e disse que os dois
continuam amigos, mas negou o
afastamento dele da campanha.
"Ele [Mangabeira] não participa
efetivamente da campanha. Ele
participou da elaboração do programa de governo. Respeito a opinião dele e ele continuará onde
sempre esteve", disse.
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