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DISTRITO FEDERAL
Mandato acaba antes
Roriz é réu em 2 ações na Justiça Federal
SÍLVIA FREIRE
SANDRO LIMA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Apesar da divulgação de gravações envolvendo a administração
do governador do Distrito Federal, Joaquim Roriz (PMDB), candidato à reeleição, em supostos
esquemas de grilagem de terras
públicas no DF, dificilmente as investigações terminarão antes do
fim de seu mandato.
Roriz é réu em duas ações cíveis
na Justiça Federal que investigam
o parcelamento ilegal de terras e é
alvo de uma notícia-crime no STJ
(Superior Tribunal de Justiça).
As chances de Roriz ser afastado
do cargo em um processo político
também são remotas já que a bancada governista é maioria.
Anteontem, os deputados de
oposição na Câmara Legislativa
protocolaram um pedido de impeachment contra o governador
com base em conversas entre ele e
o empresário Pedro Passos
(PSD), acusado de grilagem de
terras. O pedido só deve ser discutido na próxima semana.
Em conversas gravadas pela PF
com autorização da Justiça, Passos pede a Roriz a interrupção da
fiscalização da Terracap (estatal
que administra as terras públicas
de Brasília) em condomínio de
classe média. O empresário cita o
presidente da estatal, Eri Varela, e
diz que ele recebeu um lote.
Ontem, a CUT-DF (Central
Única dos Trabalhadores) anunciou que vai apresentar ao STJ
uma nova ação contra Roriz por
improbidade administrativa e
protocolar um requerimento na
CGU (Corregedoria Geral da
União) pedindo a continuidade
das investigações sobre o esquema de grilagem no DF. Parte das
terras griladas é da União.
O porta-voz da Presidência,
Alexandre Parola, disse ontem
que o presidente Fernando Henrique Cardoso não quis comentar. Varela aproveitou um ato de
desagravo feito pelos funcionários da empresa para se defender
da acusação feita por Passos de
que teria recebido uma chácara.
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