DA REDAÇÃO

As variações recentes nas bancadas dos partidos no Congresso não alteram o tempo que cada legenda terá no horário eleitoral do próximo ano, que é determinado pelas bancadas eleitas em 2002 para a Câmara dos Deputados: o PT (91 eleitos) terá o maior tempo, seguido do PFL (84), do PMDB (75) e do PSDB (70).
A distribuição do tempo no rádio e na TV segue dois critérios: dois terços do tempo total são divididos proporcionalmente às bancadas eleitas para a Câmara no início de cada legislatura, e o terço restante é dividido igualitariamente entre todos os partidos que apresentem candidatos a um dado cargo.
Por mais congressistas que tenham conquistado no mês passado, partidos recém-criados como o PSOL e o PMR, só terão direito ao tempo dividido igualitariamente entre as legendas -o mesmo que será dado aos partidos que não elegeram parlamentares, e menos que o do PSL, PMN e PSDC, que hoje não têm nenhum deputado.
A distribuição do tempo igualitário varia de acordo com o número de candidatos. Na eleição de 2002, como só havia seis candidatos à Presidência, os candidatos a presidente do PSTU e do PCO puderam dispor de dois minutos e 46 segundos diários. Na eleição de 1998, com 12 candidatos disputando a Presidência, cada postulante teve a metade disso.
Além do tempo distribuído igualitariamente e do tempo proporcional à bancada de seu partido, cada candidato contará com o tempo de seus aliados.
PT e PSDB, que certamente vão disputar a Presidência, tentarão obter o apoio de outros partidos (PMDB, PP, PTB, PL e PSB). Uma coligação em 2006 do PT com o PSB e o PC do B, por exemplo, daria à chapa oito minutos e dois segundos de tempo na TV. PSDB e PFL teriam juntos dez minutos (leia quadro abaixo). Porém essas possibilidades de coligação ainda são incertas.


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