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Na reta final, Ciro muda título eleitoral para SP
Deputado afirma, porém, que mantém seu objetivo de disputar a Presidência, e não o governo paulista
DA AGÊNCIA FOLHA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
No penúltimo dia do prazo
previsto no calendário eleitoral, o deputado Ciro Gomes
(PSB-CE) transfere hoje seu título de eleitor para São Paulo.
Embora esse seja o passo para concorrer ao governo do Estado, ele reafirmou que seu objetivo é disputar a Presidência
em 2010. Mas disse também
que quer deixar a possibilidade
de São Paulo aberta.
O anúncio sobre a transferência foi feito ontem, em Recife (PE), pelo governador de
Pernambuco, Eduardo Campos, presidente nacional do
PSB, na presença de Ciro.
"Não estamos discutindo a
candidatura ao governo de São
Paulo, e sim a pré-candidatura
de Ciro à Presidência da República. O fato de ele ir para SP vai
levar este debate para lá."
O presidente Lula, cujo governo tem o apoio do PSB, foi
quem pediu a Ciro a mudança,
para ter uma opção a mais na
disputa do governo paulista
dentro de sua base política.
Ciro delegou ao partido a decisão sobre a transferência. Ontem, disse que ela foi combinada com Lula e com o PT.
"Queremos disputar a Presidência da República desde que
essa pretensão legítima do nosso partido não ponha nem em
mais remoto risco o que está de
fato em jogo: que é a ameaça de
o país voltar ao passado."
Questionado sobre o que o
diferenciaria da possível candidatura da ministra Dilma
Rousseff (Casa Civil), nome
apoiado por Lula, Ciro citou a
aliança do PT com o PMDB.
"O que me preocupa muito é
se qualquer um de nós aguenta
a contradição inerente à atual
hegemonia moral e intelectual
frouxa que marca a relação do
PT com o PMDB nacionais".
Alianças
O PT trabalha para fechar,
até o fim de novembro, pré-compromissos com outros três
partidos aliados, além do que
deve ser formalizado nas próximas semanas com o PMDB.
O alvo dos petistas é o PDT, o
PC do B e o PR. Num primeiro
passo, Dilma jantará na próxima terça-feira com a bancada
do PDT em Brasília.
Além de fortalecer a campanha petista, o assédio aos três
partidos tem o objetivo de isolar a candidatura presidencial
de Ciro Gomes pelo PSB.
Reunida ontem em Brasília, a
Executiva Nacional do PT escalou dois grupos para deflagrar
os preparativos da campanha.
O primeiro, chamado de Grupo de Trabalho Eleitoral, será
coordenado pelo atual presidente do partido, Ricardo Berzoini (SP), e terá outros 12 integrantes, entre eles o prefeito de
São Leopoldo (RS), Ary Vanazzi, e o secretário de organização
do PT, Paulo Frateschi.
Do Congresso, foram indicados Ideli Salvatti (PT-SC), João
Paulo Cunha (PT-SP) e José
Mentor (PT-SP). Este grupo será responsável pelas alianças
nacionais e estaduais, além da
preparação da agenda de atividades partidárias de Dilma.
À segunda equipe caberá traçar as diretrizes do programa
de governo do PT. Este grupo
deverá ser presidido pelo assessor internacional do presidente
Lula, Marco Aurélio Garcia.
Além dele, foram indicados o
ex-ministro Humberto Costa
(PE), a deputada Maria do Rosário (RS), o senador Aloizio
Mercadante (SP) e o ex-prefeito de Guarulhos Elói Pietá (SP).
Da Câmara, deverão integrar o
grupo os deputados Pepe Vargas (RS), Carlos Abicalil (MT) e
Virgílio Guimarães (MG).
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