São Paulo, sexta-feira, 02 de novembro de 2001

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PAINEL

Dura realidade
Tasso Jereissati (PSDB-CE) levou um puxão de orelha de FHC no Alvorada ontem. Ainda enlevado pelos aplausos na França, o presidente não gostou de chegar ao Brasil em meio às críticas do cearense ao seu governo.

Marcar posição
Apesar da reclamação de FHC, Tasso vai insistir na linha Covas, criticando a política econômica para se diferenciar. Para ele, não dá para disputar a eleição sem admitir os erros do governo e pregar a correção de rumos.

Indo além
Tasso defende o que seus aliados chamam de "continuidade com evolução". Uma variação da "continuidade sem continuísmo", atribuída a José Serra.

Teste eleitoral
O PFL vai aferir amanhã, um dia após o programa de TV do partido, o desempenho de Roseana Sarney. Equipes de pesquisa serão enviadas para algumas "cidades-laboratório", Campo Grande (MS) entre elas.

Questão de ordem
De Pedro Simon (PMDB-RS), sobre Itamar Franco (MG) ter falado em união das esquerdas nas eleições de 2002: "Se eu vencer as prévias, Itamar tem a obrigação de me apoiar - e vice-versa. Só depois poderemos falar em união com outras siglas".

Abraço de urso
O ex-governador Luiz Antônio Fleury Filho (PTB-SP) teve uma costela fraturada ao receber um forte abraço de um amigo, no último sábado. Ontem de manhã, o deputado federal não conseguiu sair da cama.

Arapongagem social
O serviço de inteligência do Brasil na fronteira com a Argentina e o Paraguai arrancou risos dos leitores de Foz do Iguaçu. De codinome "Gordo", um sujeito tem frequentado as colunas sociais, com foto e tudo. A legenda esclarece: "Gordo, representante da Abin na cidade".

Bolsa furada
O MEC realiza auditorias em nove cidades onde foram denunciadas fraudes no programa Bolsa-Escola. Em Juatuba (MG), por exemplo, o ministério identificou pessoas que recebiam o benefício mesmo tendo renda acima do teto fixado.

Anzol bancário
O deputado José de Abreu (PTN), o Zé do Povo, teve penhorados R$ 10 mil de sua conta na agência da Câmara para o pagamento de uma dívida trabalhista. A Justiça decidiu que Abreu era responsável pelo débito da empresa FNC-Lane.

Outro lado
José de Abreu afirma que não é mais o proprietário da empresa e por isso não deveria ter sido punido. Diz que a decisão da juíza trabalhista Amélia Kawamura foi "uma arbitrariedade".

Visitas à Folha
Cristóbal R. Orozco, embaixador interino dos Estados Unidos no Brasil, visitou ontem a Folha, a convite do jornal, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado de Michael N. Greenwald, adido de imprensa do Consulado Geral dos Estados Unidos em São Paulo.
 
Também visitaram o jornal: Henrique de Campos Meirelles, presidente do BankBoston. Estava acompanhado de Sarah Cristina Coelho, diretora-adjunta de imprensa da Divisão de Marketing, e de Teodoro Meissner, da Print Comunicação.
 
Hildegardo de Figueiredo Nunes (PTB), vice-governador do Pará. Estava acompanhado de Joseph Couri, presidente do Simpi (Sindicato das Micro e Pequenas Indústrias do Estado de SP).
 
Guilherme Ary Plonsky, diretor-superintendente do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas). Estava acompanhado de João Garcia, responsável pelo setor de imprensa da Coordenadoria de Relações com o Mercado do IPT, e de Dodora Guedes, sócia-gerente da ACS3 Planejamento Estratégico, Comunicação & Marketing.

TIROTEIO

Do senador Paulo Hartung (PSB-ES), sobre a proposta apresentada pelo governo de reajuste do Imposto de Renda:
- Se a Câmara dos Deputados dormir no ponto, Everardo Maciel [Receita Federal] vai garfar ainda mais a classe média.

CONTRAPONTO

Jeitinho tucano

Num bate-papo descompromissado com Fernando Henrique Cardoso, o prefeito do Rio de Janeiro, César Maia (PFL), tentou arrancar do presidente qual seria de fato seu candidato preferido para a sucessão presidencial de 2002.
O pefelista César Maia começou a conversa com uma lengalenga sobre como, curiosamente, todos os presidentes civis e eleitos pelo voto direto desde Getúlio Vargas têm nomes que terminam com a letra "o": Getúlio (Vargas), Juscelino (Kubitschek), Jânio (Quadros), João (Goulart), Fernando (Collor) e finalmente o próprio Fernando (Henrique Cardoso).
- A exceção foi Itamar Franco - lembrou o prefeito do Rio de Janeiro.
O presidente riu, mas não baixou a guarda, mantendo o mistério:
- Pois é, César. Agora, ou vamos ter o Tasso ou o "Serrão"!


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