São Paulo, sexta-feira, 02 de novembro de 2001 |
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NO AR Poderosa
NELSON DE SÁ O marqueteiro Nizan Guanaes, a exemplo do colega, também baiano, Duda Mendonça, tem o talento de fazer de alguém o que não é. A pefelista Roseana Sarney era apresentada ontem, em longa propaganda eleitoral, por personagens como a ex-anarquista Zélia Gattai e o ex-comunista Ferreira Gullar. Emocional nos clipes, como Duda, o marqueteiro fez de Roseana não a filha da oligarquia, mas a representante da mulher moderna -com coisas como "me chamo Ana, Juliana, Roseana, eu sou a mulher". Fez dela "a menina rebelde que tocava guitarra". A mulher que "morou em São Paulo", que recebeu apoio de Ulysses Guimarães por suas "posições independentes". Pode colar, como Paulo Maluf há dez anos. De qualquer jeito, diria Ratinho, depende da poderosa -que não é Roseana. O secretário de Defesa dos EUA está obcecado pela mídia. Ontem seguiu no tema, em sua entrevista diária. Embora lendo, fez um desabafo contra a crítica diária: - A guerra não é sobre horários de fechamento ou ciclos de notícias de 24 horas. É sobre o desejo. No caso, o desejo americano de vencer a guerra. A começar pela guerra de mídia. Nic Robertson, o correspondente da CNN expulso pelo Taleban, ressurgiu em Candahar, no Afeganistão, falando da carta de Osama bin Laden. Voltou por pouco tempo, segundo a emissora, num "tour organizado pelo Taleban". Na carta, endereçada aos "irmãos" do Paquistão, Bin Laden voltou a dividir o mundo em muçulmanos e cristãos. Sem mencionar, fez eco ao atentado que matou cristãos paquistaneses numa igreja. Desta vez, não só pela ausência de imagens, mas pela retórica que denunciava oportunismo e crueldade, o impacto resultou mínimo -até negativo. O jornal "Daily News" noticiou ontem que Ted Turner, o fundador da CNN, está lamentando ter vendido o canal à Time Warner. E-mail: nelsonsa@uol.com.br Texto Anterior: Lei: LRF impede repasse para 1.747 prefeituras Próximo Texto: O bicho do PT: Captador de recursos teve "falta grave", diz PT gaúcho Índice |
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