|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
TRIBUTAÇÃO
Ex-secretário vai recorrer
Receita multa EJ em cerca de R$ 200 mil
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Receita Federal autuou o ex-secretário-geral da Presidência da
República Eduardo Jorge Caldas
Pereira em cerca de R$ 200 mil.
É a primeira punição imposta
ao ex-secretário do presidente
Fernando Henrique Cardoso desde que começou a ser investigado
por tráfico de influência.
A fiscalização da Receita teve
origem num pedido formulado
pelo procurador da República
Luiz Francisco de Souza. Mas as
infrações encontradas não têm
relação com as suspeitas levantadas por ele.
Recurso
EJ, como é conhecido, já comunicou à Receita que irá recorrer.
Ele tem 30 dias para fazê-lo.
Técnicos da Receita que analisaram preliminarmente documentos e argumentos de EJ acreditam
que o valor da autuação será muito reduzido.
O grosso do débito refere-se a
aplicações financeiras feitas por
Eduardo Jorge.
Os auditores da Receita somaram os valores e não encontraram
correspondência nos rendimentos dele. Porém, pode ter havido
soma de reaplicações como se
fossem aplicações novas.
EJ teria como comprovar que,
na verdade, somaram-se indevidamente valores transferidos de
uma aplicação para outra. Na Receita, admite-se que isso possa ter
acontecido. O problema é que, solicitado, EJ não enviou aos auditores a documentação que poderia
esclarecer o episódio.
Vitória
Se EJ conseguir provar que tem
razão, restarão apenas, segundo
apurou a Folha, incorreções formais em suas declarações. Algo financeiramente irrisório. Tão insignificante que poderá ser comemorado por EJ como uma vitória.
O recurso do ex-secretário de
FHC será analisado por um colegiado composto de cinco técnicos
da Receita. Numa analogia com o
processo judicial, a autuação corresponde a um indiciamento.
Só depois que os recursos de
Eduardo Jorge forem julgados em
última instância (o Conselho de
Contribuintes da Receita), a dívida poderá ser cobrada.
Texto Anterior: Preocupação com imagem ética mobiliza partido Próximo Texto: Outro lado: "Multa aplicada é indevida", diz ex-secretário Índice
|