São Paulo, terça-feira, 02 de novembro de 2004 |
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PAINEL Nome provável 1 Suplente do PSDB na Câmara, a psicóloga e publicitária Mara Gabrilli, que há nove anos ficou tetraplégica depois de um acidente de carro, deverá comandar a secretaria especial para os portadores de deficiência física que Serra prometeu criar. Nome provável 2 Ex-secretário nacional da Habitação sob FHC e um dos coordenadores do programa de governo de Serra, Edsom Ortega tem boa chance de se tornar uma espécie de "gerentão" da prefeitura paulistana. Homem de execução Tucanos próximos a José Serra recomendam não apostar em nome estrelado para a Secretaria de Saúde. Dadas a experiência do prefeito eleito na área e a centralidade do tema na campanha eleitoral, a tendência é escolher alguém de "perfil gerenciador". Sou você amanhã 1 Enquanto o PT nacional tenta, com alguma dose de eufemismo, espetar toda a conta da derrota em Marta Suplicy e seu grupo, petistas paulistanos apostam que o governo Lula, se não der um "salto de qualidade" no próximo ano, poderá enfrentar dificuldades para se reeleger. Sou você amanhã 2 Incomodado com a tentativa federal de atribuir o naufrágio exclusivamente à rejeição de Marta, o PT paulistano lembra a Brasília que reeleição não é tarefa fácil: a taxa de "ótimo/bom" da gestão derrotada em SP é quase dez pontos percentuais superior à do governo Lula. Meninos travessos Na calada da noite de domingo, dois deputados tucanos colaram cartaz na prefeitura paulistana: "Sob nova direção". Interesse mútuo Parte do PSDB defende um acerto com o PT na Câmara: um tucano ficariam na presidência; um petista, na secretaria-geral. Procura-se A emenda da reeleição das Mesas do Congresso agoniza. Seus beneficiários, João Paulo Cunha e José Sarney, estão diante de um grande desafio: encontrar algum vitorioso da eleição municipal a quem interesse a aprovação do projeto. Biscoito vitaminado Bons resultados de segundo turno colhidos por partidos como PSB e PPS deram novo ânimo ao "bloquinho", articulado no Congresso por pequenas siglas que buscam sobreviver ao inesgotável apetite do PT. Terraplenagem O embarque do governador Germano Rigotto na tese da independência do PMDB em relação ao Planalto é discurso para pavimentar a própria reeleição. Começar de novo O governo encara como uma segunda chance dada pelos eleitores o sucesso das candidaturas do PT em Fortaleza e Vitória, duas capitais traumatizadas pelas gestões petistas de Maria Luiza Fontenelle e Vitor Buaiz. Trombada O PT recorreu à linguagem dos seguros para classificar suas derrotas no Rio Grande do Sul e no Paraná: "perda total". Algum motivo Houve comemoração eleitoral no Alvorada. Pela vitória de Tabaré Vazquez no Uruguai. Chapéu alheio Explicação da euforia petista com a vitória de Dr. Hélio (PDT) em Campinas: um triunfo na cidade daria ao PSDB o controle total dos principais centros do cinturão que vai da Grande São Paulo a Uberaba (MG). Melhor assim O PFL não verteu uma lágrima por Amazonino Mendes. Dada a montanha de denúncias contra a campanha, o partido concluiu que a vitória em Manaus seria embaraço certo. TIROTEIO Do presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), a respeito dos maus resultados colhidos pelo PT no segundo turno das eleições municipais: -Os petistas perderam o discurso e não cumpriram as promessas feitas na campanha de 2002. O eleitor não é trouxa. CONTRAPONTO Apoio comprometedor
Na festa que tucanos organizaram para comemorar, no domingo à noite, a vitória de José
Serra em São Paulo, o presidente
do Diretório Municipal do
PSDB, Edson Aparecido, circulava entre a militância com um
misto de euforia e alívio. |
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