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Desgaste no Sul traz
preocupação a líderes
DA REPORTAGEM LOCAL
Vitrine do PT devido às vitórias
eleitorais acumuladas em 12 anos,
o Rio Grande do Sul tornou-se
motivo de apreensão no partido,
desde a crise política provocada
pelas investigações das relações
de petistas com o jogo do bicho.
Em 1998, a candidatura de Luiz
Inácio Lula da Silva obteve 49%
dos votos do Estado contra 40%
de Fernando Henrique Cardoso.
O tucano foi reeleito no primeiro
turno, mas foi derrotado no Estado. Lideranças temem que o desgaste no Sul afete o desempenho
de Lula na disputa presidencial.
O PT do Rio Grande do Sul se
caracterizou como uma partido
de prévias eleitorais acirradas. A
crise política faz com que diferentes setores do partido preguem a
não-realização de prévias para a
escolha do candidato do partido à
sucessão do governador Olívio
Dutra. O temor é uma divisão interna que, somada ao desgaste das
investigações do jogo do bicho, leve a uma derrota estadual e derrube a candidatura de Lula.
"O conveniente é evitar a prévia
para evitar o dissenso. O clima para prévia sobrepuja a lucidez que
devemos ter no momento", afirma o prefeito de Porto Alegre,
Tarso Genro, um dos postulantes
ao governo do Estado.
Olívio não recebe bem a idéia.
"Não tenho a pretensão do ponto
de vista individual, mas tenho
compromisso sim de lutar pela
reeleição de um projeto coletivo e
solidário, de um programa que
está fazendo bem para a economia e a inclusão social", afirma.
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