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São Paulo, terça-feira, 02 de dezembro de 2003

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PT só agrada ao mercado, diz Serra

DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente do PSDB, José Serra, disse ontem que o PT "exagera" ao se preocupar unicamente em agradar ao mercado financeiro. "Na minha opinião, passar de alguém hostil ao mercado financeiro, como era o pessoal do PT, para alguém que agora só se preocupa em agradar ao mercado é o outro extremo em que o governo acabou caindo", declarou Serra, em entrevista ao "Programa do Jô", da Rede Globo, que iria ao ar na madrugada de hoje.
O tucano citou o aumento dos juros como um dos exageros cometidos pelo governo. "Não era necessário fazer essa medida. A dose costuma fazer o remédio. Isso também vale para políticas."
Os juros se mantiveram em 26,5% entre fevereiro e junho. Hoje, a taxa Selic é de 17,5%.
Segundo Serra, os 10 milhões de empregos da campanha petista "agora vão ter de ser 11 milhões, pelos desempregos que criaram neste ano". Ele criticou a tentativa do governo de colocar no orçamento da saúde R$ 3,5 bilhões para custear outros gastos sociais.
Candidato derrotado à Presidência em 2002, Serra contestou a "herança maldita", justificativa do PT para a manutenção da política econômica do governo FHC. "A herança maldita foi, na verdade, uma herança entre família, dentro da família. Eles assustaram tanto que os chamados mercados começaram a especular."
O tucano voltou a criticar a reforma tributária ao dizer que são mudanças "sem pé nem cabeça".
Questionado sobre suas declarações, na saída da gravação, Serra disse que as alterações causarão "arrocho" no setor de serviços.
Sobre as eleições de 2004, afirmou que o PT e a prefeita paulistana, Marta Suplicy (PT), que tentará a reeleição, "continuam em campanha, apesar de já ter passado 25% do mandato [de Lula]".


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