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OUTRO LADO
Procurador diz que compra foi feita "às pressas"
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BOA VISTA
Uma sindicância foi aberta a
mando do governador Flamarion Portela (PT) para apurar
as responsabilidades sobre as
supostas irregularidades na
compra dos veículos que está
sendo investigada pelo Ministério Público. Ontem, o petista
exonerou o auditor-geral do
Estado, Rimatla Queiroz, alegando "quebra de confiança".
Segundo o procurador-geral
do Estado, Jorge Barroso, escolhido pelo governo para falar
do caso, a compra foi "errada
desde o começo". "O governo
tinha pressa em fazer a compra
porque iríamos perder o prazo
para garantir os recursos. Com
isso, alguns procedimentos foram adotados erroneamente
desde a licitação", afirmou.
Segundo Barroso, a denúncia
de superfaturamento está sendo apurada, mas não haveria
elementos para comprová-la.
O ar-condicionado retirado
dos veículos, de acordo com o
procurador, já foi recolocado
pela empresa responsável pela
venda e o problema do chassi
foi a emissão das notas fiscais
pela empresa antes da entrega
dos veículos. Mas disse que o
fato foi solucionado com a fabricante dos carros. Os proprietários da empresa Motoka
não foram localizados ontem.
Flamarion rebateu ontem as
declarações que o ex-governador Neudo Campos deu à
Agência Folha, em que dizia
que o petista tinha "memória
curta" e que sabia tudo o que
acontecia em sua gestão.
"Sinto-me sensibilizado com
a situação do governador [preso há sete dias], mas não posso
admitir que busquem me jogar
responsabilidades que não tenho. Não respondi nenhum
procedimento administrativo
durante meu trabalho no governo de Neudo Campos", declarou o petista, em nota.
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