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FISCALIZAÇÃO
Deputado avisou DRT
Denúncia envolvendo Corrêa foi de petista
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A vistoria realizada por fiscais
do trabalho na chácara arrendada
pelo presidente do STF (Supremo
Tribunal Federal), ministro Maurício Corrêa, foi motivada por
uma denúncia enviada no dia anterior pelo deputado distrital Chico Vigilante (PT) à Delegacia Regional do Trabalho em Brasília,
por meio de ofício.
Dois ministros do STF disseram, em caráter reservado, que
acreditam em manobra política,
mas afirmaram desconhecer a
responsabilidade. O próprio Corrêa sugeriu essa possibilidade, em
nota divulgada sobre o caso.
A vistoria, executada na última
terça-feira, detectou irregularidades trabalhistas, como a existência de nove funcionários sem carteira assinada, conforme a revista
"Veja". Corrêa disse que a responsabilidade é do genro.
Vigilante negou a hipótese de
armação e a participação do Palácio do Planalto na operação. Ele
disse que telefonou ontem ao ministro José Dirceu (Casa Civil) para esclarecer as circunstâncias.
Segundo o deputado distrital,
uma pessoa o procurou na segunda-feira da semana passada para
avisar que existiam empregados
sem carteira assinada em uma
chácara próxima à cidade-satélite
de Sobradinho.
O denunciante não teria dito
que se tratava de imóvel arrendado por Corrêa. "Se eu soubesse,
faria [o ofício] do mesmo jeito."
Vigilante disse que os ministros
Jaques Wagner (Trabalho) e José
Dirceu não sabiam da operação.
Por fim, confirmou que o delegado regional do trabalho em Brasília, José Pedro Alencar, que ordenou a vistoria, teve o seu apoio
político para assumir o cargo.
O ministro Nilmário Miranda
(Secretaria de Direitos Humanos)
classificou as supostas irregularidades na fazenda como "mau
exemplo". "Espero que isso seja
corrigido." O presidente do STJ
(Superior Tribunal de Justiça),
Nilson Naves, disse que não viu
nenhuma irregularidade envolvendo Corrêa.
(SILVANA DE FREITAS)
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