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São Paulo, segunda-feira, 03 de março de 2003

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CARNAVAL PETISTA

Ministro visita o camarote de Gilberto Gil

Palocci diz que não possui um "plano B"

DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR
FREE-LANCE PARA A AGÊNCIA FOLHA

De tênis e camiseta, o ministro da Fazenda, Antonio Palocci Filho, disse ontem que a alegria do Carnaval será maior quando o país reduzir as taxas de juros. "Realmente será melhor, mas é bom ressaltar que a economia está melhorando, o país está ganhando mais credibilidade internacional, e os investidores estão acreditando cada vez mais no Brasil."
Palocci declarou que não está trabalhando com nenhum "plano B": "Estamos trabalhando sim com muitas restrições para o Brasil caminhar em mar aberto. O nosso plano é o A, que está dando certo. Veja o risco Brasil que está caindo, e vocês verão que estamos no caminho correto", declarou.
Os juros básicos da economia já foram aumentados duas vezes no governo Lula. Na primeira reunião do Copom, neste ano, a taxa subiu de 25% para 25,5%. Na segunda reunião, os juros subiram para 26,5%.
Palocci disse que não é fácil fazer as mudanças, mas que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está muito determinado. Questionado se estava mantendo o diálogo com ex-ministro da Fazenda Pedro Malan e a economista Maria da Conceição Tavares, Palocci disse que tem conversado com ambos e que não tem recebido críticas. E desconversou: "Não é hora de falar de política econômica". O ministro disse que no Carnaval quer esquecer a inflação.
Palocci admitiu que não consultou a comissão de ética do governo para visitar o camarote do cantor e ministro Gilberto Gil (Cultura). "Estou de visita à Bahia. Fui convidado por Gil e quis conhecer pessoalmente essa festa que só tinha visto pela TV." Ele elogiou o colega: "Ele é o ministro certo, no tempo certo e no lugar certo". Acompanhado por Gil, Palocci chegou ao camarote às 20h10.
O ministro do Trabalho, Jaques Wagner, também prestigiou o camarote de Gil. Wagner afirmou que a ausência do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) no Carnaval baiano é um "prenúncio do seu desaparecimento da política estadual e brasileira". (LUIZ FRANCISCO e MANUELA MARTINEZ)


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