São Paulo, quinta-feira, 03 de março de 2005

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Presos dizem ter recebido proposta para isentar Tato

Antonio Gaudério/Folha Imagem
O delegado da Polícia Civil Waldir Freire interroga Eduardo e Fogoió


DA AGÊNCIA FOLHA, EM ALTAMIRA

Dois dos indiciados pela morte da missionária Dorothy Stang declararam ontem à Polícia Federal em Altamira (PA) que receberam uma proposta de R$ 10 mil cada um, dentro da penitenciária onde estão presos, para retirar as acusações contra Amair Feijoli da Cunha, o Tato, indiciado por co-autoria no assassinato.
Rayfran das Neves Sales, o Fogoió, e Clodoaldo Carlos Batista, o Eduardo, disseram ao delegado Ualame Machado que um outro preso os procurou na cela e ofereceu a eles dinheiro para que os dois "livrassem a cara de Tato" no inquérito que apura o crime.

Culpa
O delegado gravou o depoimento dos dois presos, que será acrescentado nos autos complementares instaurados sobre o caso -o inquérito foi encerrado na última segunda-feira. "O depoimento deles confirma que o Tato tem realmente culpa no crime", disse o delegado.
O advogado Oscar Damasceno, que defende Tato, disse que seu cliente é inocente e que não precisa oferecer dinheiro em troca da retirada das acusações contra ele.
Fogoió, Eduardo e Tato foram transferidos ontem de Altamira para o Centro de Recuperação de Americano (PA), de segurança máxima. (MAURÍCIO SIMIONATO)


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