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Lula se reúne com presidentes da AL na Guiana
Encontro de hoje discutirá falta de verbas internacionais no Haiti, reforma da ONU e tentará manter Grupo do Rio
EDUARDO SCOLESE
ENVIADO ESPECIAL À GUIANA
Numa semana agitada no
campo da política externa brasileira, iniciada com uma difícil
negociação para manter o Uruguai no Mercosul, o presidente
Luiz Inácio Lula da Silva participa hoje em Georgetown (capital da Guiana) de uma esvaziada reunião do Grupo do Rio.
Dos 19 países convidados à
cúpula, apenas oito deles devem mandar seus presidentes e
chefes de Estado. A agenda e a
pauta também indicam a pouca
importância dada ao grupo. Um
único encontro de duas horas,
no final da manhã de hoje, terá
mais uma vez como temas centrais a preocupação com a falta
de investimentos internacionais no Haiti e a cobrança pela
reforma das Nações Unidas.
Informalmente, integrantes
da diplomacia brasileira admitem que o encontro (na prática,
um bate-papo) tem como principal objetivo a própria manutenção do Grupo do Rio, criado
em 1986 como um "meio de
concentração política" na
América Latina.
Lula foi alertado pelo ministro Celso Amorim (Relações
Exteriores) que sua presença
em Georgetown é quase uma
obrigação para quem busca ser
o líder da região e não terá desta vez ao seu lado colegas como
Néstor Kirchner (Argentina),
Tabaré Vázquez (Uruguai) e
Evo Morales (Bolívia). E Lula
sabe que o presidente guianense, Bharrat Jagdeo, usará essa
oportunidade para cobrar investimentos do Brasil.
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