São Paulo, quarta-feira, 03 de abril de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Agílio deixa PF e deve concorrer a vaga na Câmara

WLADIMIR GRAMACHO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O diretor-geral da Polícia Federal, Agílio Monteiro Filho, 55, entregou ontem seu cargo ao presidente Fernando Henrique Cardoso e pediu a aposentadoria. Filiado ao PSDB, Agílio deve concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados por Minas Gerais.
Agílio coordenou à distância a busca e apreensão feita no escritório da empresa Lunus, de propriedade da pré-candidata à Presidência Roseana Sarney (PFL). Na operação, que levou ao rompimento da aliança PFL-PSDB, foi encontrado R$ 1,34 milhão.
Apesar das repercussões políticas da ação, Agílio disse não se sentir constrangido.
"A Polícia Federal cumpriu uma determinação judicial. Seria inexplicável se não tivéssemos cumprido", afirmou à Folha. Atualmente, diz, "há consenso de que a ação da PF não foi política".
Durante os dois anos e nove meses em que ocupou o cargo, Agílio se aproximou do presidente, com quem mantinha contatos regulares. Essa relação incentivou o delegado a trocar a polícia pela política. O substituto de Agílio no cargo de diretor-geral será Itanor Neves Carneiro, o segundo na hierarquia da PF.



Texto Anterior: Reale Jr., suplente de Serra, vai para Justiça
Próximo Texto: Perfil: Advogado foi secretário de Montoro e Covas
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.