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Agílio deixa PF e deve concorrer a vaga na Câmara
WLADIMIR GRAMACHO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O diretor-geral da Polícia Federal, Agílio Monteiro Filho, 55, entregou ontem seu cargo ao presidente Fernando Henrique Cardoso e pediu a aposentadoria. Filiado ao PSDB, Agílio deve concorrer a uma vaga na Câmara dos
Deputados por Minas Gerais.
Agílio coordenou à distância a
busca e apreensão feita no escritório da empresa Lunus, de propriedade da pré-candidata à Presidência Roseana Sarney (PFL). Na
operação, que levou ao rompimento da aliança PFL-PSDB, foi
encontrado R$ 1,34 milhão.
Apesar das repercussões políticas da ação, Agílio disse não se
sentir constrangido.
"A Polícia Federal cumpriu uma
determinação judicial. Seria inexplicável se não tivéssemos cumprido", afirmou à Folha. Atualmente, diz, "há consenso de que a
ação da PF não foi política".
Durante os dois anos e nove
meses em que ocupou o cargo,
Agílio se aproximou do presidente, com quem mantinha contatos
regulares. Essa relação incentivou
o delegado a trocar a polícia pela
política. O substituto de Agílio no
cargo de diretor-geral será Itanor
Neves Carneiro, o segundo na
hierarquia da PF.
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