DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O PFL anunciou ontem que, tão logo a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) do sistema financeiro seja promulgada, vai apresentar ao plenário da Câmara um projeto de autonomia do Banco Central.
Com chance de aprovação próxima de zero, o objetivo é criar um fato político e, segundo as palavras do deputado José Carlos Aleluia (BA), líder do PFL na Câmara, fazer o "governo mostrar a sua cara".
A proposta é natimorta pelo fato de não contar com o apoio do governo nem de boa parte da oposição. A autonomia do BC é um dos objetivos do governo, mas a autoria da proposta vai partir do Executivo e não tem data para ser enviada ao Congresso.
"O governo deu essa garantia [à base aliada], de ampla discussão antes do envio do projeto, e essa garantia está de pé", afirmou o deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), líder do governo na Câmara.
Os líderes da base aliada trataram o anúncio do PFL como uma forma encontrada pelo partido para obter um ganho político em cima do assunto, que é fonte de divergências dentro da base aliada. "O PFL não pauta a agenda do governo, a prioridade agora são as reformas da Previdência e a tributária", disse Nelson Pellegrino, líder do PT na Câmara.


Texto Anterior: Votos da base aliada não garantem vitória
Próximo Texto: Análise: PT mostrou que tem capacidade de negociação
Índice